
Com a forte atuação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco em defesa do emprego e direitos, mais duas reintegrações foram conquistadas pela entidade. Gustavo de Holanda e Robson de Oliveira, bancários do Bradesco, foram demitidos, apesar do adoecimento laboral e, por isso, reintegrados ao banco.
Gustavo, com 33 anos de banco e ocupando a função de escriturário, foi demitido sem justa causa no dia 16 de março deste ano. Acolhido pelas secretarias de Assuntos Jurídicos e de Saúde do Sindicato, o bancário foi reintegrado no dia 11 de agosto, data do deferimento da tutela de urgência antecipada.
Por sua vez, com 31 anos de Bradesco e na função de caixa, Robson foi mais um bancário demitido sem motivo plausível pelo banco, Demitido no dia 23 de outubro de 2020, em plena pandemia, a reintegração do bancário aconteceu cerca de dois anos depois, no dia 14 de agosto deste ano.
Os dois bancários foram demitidos com Lesões por Esforços Repetitivos (LER)/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) comprovadas. Gustavo vem realizando tratamento desde 2002 e Robson, que é acompanhado por ortopedista e fisioterapeuta, faz uso de medicações para o alívio da dor.
Secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Flávio Coelho reforça a necessidade dos bancários demitidos procurarem a entidade.
“Queremos acolher as bancárias e os bancários neste momento tão difícil que é a demissão. Temos uma equipe especializada para entender cada caso e buscar reverter as possíveis injustiças cometidas pelos bancos. Além do assédio intenso presente dentro dos locais de trabalho, trabalhadores adoecidos estão passando por esta situação de desrespeito”, comenta Flávio.
Após o trabalho realizado pelo Sindicato, as reintegrações de Gustavo e Robson foram conquistadas através do empenho do escritório Pedro e Paulo Pedrosa e Advogados Associados, conveniado ao Sindicato.
“O Sindicato tem fundamental importância para os bancários pelo papel que desempenha lutando por melhores condições de trabalho e direitos da categoria. Nesse processo, o apoio psicológico e jurídico foi primordial para a conquista alcançada”, destaca Gustavo. Já para Robson, “o acolhimento, a atenção dispensada e as orientações dadas têm grande importância, já que foram momentos bem difíceis”.
Para o presidente do Sindicato, Fabiano Moura, as demissões de bancários adoecidos demonstra a falta de respeito dos bancos com a categoria. “Os bancários dedicam anos das suas vidas ao trabalho e quando adoecem, o que inadmissivelmente tem sido frequente em razão das cobranças de metas abusivas, são descartados. Não somos peças de reposição e não aceitaremos essa prática desumana no ramo financeiro”, conclui.