Brasil terá eleições decisivas para a classe trabalhadora

A defesa da geração de emprego e renda, dos bancos públicos fortes, dos direitos da classe trabalhadora e da democracia, passam pela decisiva Eleição Geral de 2022. O pleito ocorrerá no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros e as brasileiras irão às urnas escolher seus representantes para ocupar as vagas de deputado(a) Federal, deputado(a) Estadual, Senador(a), Governador(a) e Presidente(a). O Sindicato dos Bancários de Pernambuco convoca a categoria a participar, de forma consciente, deste importante exercício de cidadania.
“As eleições deste ano acontecem em meio ao cenário de desvalorização da classe trabalhadora, que sofreu graves retiradas de direitos com as reformas trabalhista e previdenciária, ataques às empresas públicas, aumento do desemprego e da miséria. Por isso, nenhum de nós deve se isentar da responsabilidade desta escolha. Pois, temos a chance de eleger representantes que tenham compromisso com os interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores, e assim dar o primeiro passo para reconstrução do nosso país”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.
Cerca de três em cada dez trabalhadores e trabalhadoras desempregados estão procurando se recolocar no mercado de trabalho há mais de dois anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, o total de desempregados no país é estimado em 10.080 milhões de pessoas. Outros 4,3 milhões desistiram de procurar depois de muito tentar e não conseguir um emprego, são os chamados “desalentados”.  
Os dados mostram que as reformas não geraram empregos como foi prometido. Ao contrário, aumentaram a situação de miséria e vulnerabilidade da população. “Por isso, após a eleição, precisamos ter uma ação permanente de mobilização que garanta um governo de fato popular, que atenda às necessidades da população”, ressalta a secretária de comunicação do Sindicato, Sandra Trajano.
Além da precária situação social, a desastrosa condução do governo durante a pandemia, com atraso na compra de vacinas e incentivo a tratamentos comprovadamente ineficazes, resultou na morte de mais de 600 mil brasileiros. “A categoria bancária, por exemplo, foi considerada essencial e não parou de trabalhar. Mas, sem a proteção devida em tempo oportuno, perdemos centenas de bancários no país, inclusive dirigentes do nosso Sindicato. Não esqueceremos das contribuições de nenhum deles”, lamenta Fabiano Moura. 
Outro fator que também afetou a classe trabalhadora foi a alta da inflação associada à ineficiência da política econômica do governo. A alta de produtos básicos entre 2019 e 2022, como o óleo, que subiu 180%, o café (+110%) e o leite longa vida (+105%) pesaram muito no bolso de todos os brasileiros, em especial dos mais pobres. Assim como o preço da gasolina e do gás de cozinha. Com salários arrochados e sem poder de compra, milhares de famílias se endividaram para garantir itens de necessidade básica.
“Fatores externos contribuíram para alta dos preços, mas um país do tamanho do Brasil tem capacidade para tomar medidas internas, inclusive com a ajuda dos bancos públicos, para reduzir os impactos. Faltaram ações por parte do governo federal que resultassem no aumento da produção de alimentos pela agricultura familiar com políticas adequadas, em estoques reguladores de preços”, pontua Fabiano Moura.
Na contramão da proposta de fortalecimento dos bancos e empresas públicas para promover o desenvolvimento do Brasil, políticos com mandato avançam com projetos de privatização. O desmonte passa pela redução da capacidade produtiva, corte do quadro de empregados, propagação da falaciosa imagem de ineficiência dos serviços e servidores públicos, e acaba na venda das empresas públicas. Considerando o setor financeiro de forma geral, público e privado, o número de agências bancárias vem caindo desde 2016. Segundo o Banco Central, o país perdeu 5,8 mil agências bancárias em 7 anos. 
“Trabalhamos no setor mais lucrativo do país, mas também amargamos, com as demissões e descomissionamentos. A nossa categoria conseguiu manter direitos, porque tem uma organização nacional e forte, que impediu a implementação de muitas medidas que representam retrocessos e que foram aprovadas pelos atuais representantes políticos. Mas, temos consciência de todas as perdas impostas ao conjunto da classe trabalhadora, e vamos às urnas com esse entendimento”, conclui Fabiano Moura.

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