O Sindicato dos Bancários de Pernambuco, na intenção de diminuir o caos vivido pela população e dar condições dignas de segurança sanitária para prevenir a disseminação da Covid-19, deu entrada no Ministério Público de Pernambuco, no dia 11 de março, em documento que solicita ação mais efetiva do Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife, para proteção da classe trabalhadora que necessita, diariamente, da utilização dos transportes públicos.
Diante desta realidade, o Sindicato destaca em documento a importância do aumento da frota dos transportes coletivos da Região Metropolitana do Recife, a fim de combater as aglomerações em pontos de ônibus e dentro dos respectivos coletivos, evitando aglomeração. O documento enviado ao MP também solicita que o mesmo determine ao Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife, que disponibilize 100% da frota de ônibus e BRT’s das 5h até as 9h, bem como das 19h até as 00h. Segundo Consórcio, a previsão é de rodar com apenas 80%, quantidade insuficiente para demanda diária dos passageiros.
Para presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues, a superlotação do transporte público, como qualquer outro tipo de aglomeração, gera disseminação massiva da doença.
“Não podemos ficar calados diante aumento considerável de pessoas contaminadas pela Covid-19. Após mais de um ano de pandemia, a situação é alarmante. As dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores que necessitam do transporte público para se locomover são constatadas diariamente, deixando a população totalmente vulnerável. Precisamos que o MP tome as providências necessárias diante nossa solicitação”, destaca Suzi.
O Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife deve garantir o fornecimento de transportes públicos em quantidade adequada para atender às demandas dos usuários, respeitando as determinações estabelecidas por meio do Decreto nº 50.346, de 1º de Março de 2021, emitido pelo Governo do Estado de Pernambuco, visando evitar que sejam ocasionadas mais mortes.
“A categoria bancária, que desde o início da pandemia não deixou de atender os brasileiros, principalmente os mais vulneráveis, está sendo afetada diretamente. Hoje nós temos agências lotadas, com bancários acumulando trabalho e metas abusivas. É necessário que a contaminação dê uma freada, mas da forma que está, com ônibus superlotados, isso vai demorar a acontecer. A proteção de motoristas e cobradores também é fundamental neste momento”, comenta o secretário de Assuntos Jurídicos, João Rufino.
