Para organizar a mobilização dos funcionários do Banco do Brasil contra o plano de reestruturação anunciado pela diretoria do banco, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizará uma Plenária Virtual nesta quinta-feira (14), às 19h, através da plataforma Zoom. A medida é fruto do desmonte do papel social do BB pelo governo Bolsonaro, que implementa o projeto privatista defendido pelo ministro da Economia Paulo Guedes, favorecendo o mercado financeiro.

De acordo com o BB, além do fechamento de agências e outras unidades, será implementado um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores, entre outras medidas.

Em Pernambuco, a previsão é de fechamento de oito (08) unidades, sendo duas delas agências (Av. Norte – Recife e Monte Guararapes – Caruaru). Outras 16 agências do Estado serão transformadas em Posto de Atendimento (PA), sendo sete (07) em Caruaru, sete (07) em Petrolina e duas (02) na Capital Recife – Ag. Agamenon e Ag. Encruzilhada.

“Esta reestruturação terá um impacto fortemente negativo para os funcionários, para a população e para o desenvolvimento do País. Em plena pandemia, o governo federal determina como meta a dispensa de 5 mil pais e mães de família, aumentando a já elevada taxa de desemprego no Brasil. Além disso, esse ataque vai resultar em sobrecarga de trabalho para os funcionários que permanecerem no banco e precarização do atendimento bancário. É um inaceitável”, critica a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues. 

Na avaliação da presidenta da entidade, o governo Bolsonaro está reduzindo o papel social do BB e demais bancos públicos, preparando as estatais para privatização, assim como fez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). Atualmente, quem está à frente da presidência do BB é André Beltrão, que fez carreira no HSBC, e foi nomeado para colocar em prática os planos de Paulo Guedes.

A Plenária virtual que acontece nesta quinta, objetiva mobilizar os funcionários do BB no Estado, que já demonstrou nas redes reprovação à medida anunciada, e organizar o enfrentamento em âmbito local.

“Estamos debatendo dentro da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) mobilizações nacionais para denunciar o sucateamento que visa justificar a privatização do BB, mas queremos ouvir os anseios e propostas dos bancários. Saber o que a categoria está disposta a fazer para garantir os empregos, os direitos dos caixas executivos, que terão perdas, e a manutenção do BB forte e atuante. Por isso, é fundamental a participação de todo o corpo funcional neste momento”, convoca a secretária geral do Sindicato e membro da CEBB, Sandra Trajano.

Em nível nacional, o plano prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Também estão previstas a transformação de oito postos de atendimento em agências, de 145 unidades de negócios em Lojas BB, além da relocalização e 85 unidades de negócios e a criação de 28 unidades de negócios. O PDV prevê duas modalidades de desligamento: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.