Após o Banco do Brasil anunciar
nesta segunda-feira (11) medidas negociais sem precedentes e, de acordo com o
banco, de maior rentabilidade e capacidade operacional, o Sindicato dos
Bancários de Pernambuco repudia mais esta atitude do governo Federal, que tem
como objetivo seguir com os planos de entregar os bancos federais ao capital
financeiro.
Para secretária Geral do
Sindicato dos Bancários de Pernambuco e funcionária do Banco do Brasil, Sandra
Trajano, a privatização dos bancos públicos é pauta diária do governo
Bolsonaro.
“Além de tentar privatizar este
importante banco para o País e para os brasileiros, o governo Federal inicia
este processo de enfraquecimento do BB. Esta reestruturação vai fechar
agências, além de iniciar um Plano de Demissões Voluntárias (PDV), retirando
mais de 5 mil bancários de dentro dos seus locais de trabalho. Esta situação
absurda não pode ser aceita”, enfatiza Sandra.
A reestruturação, que nada mais é
um plano do governo Federal para vender este patrimônio dos brasileiros, vai
realizar conversão de 243 agências em postos de atendimento, além de mudanças
em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de
atendimento e escritórios.
A presidenta do Sindicato, Suzi
Rodrigues, destaca que estas mudanças trazem graves consequências para os
funcionários do Branco do Brasil e seus clientes.
“Com a redução do número de
agências, clientes vão precisar se deslocar para outros lugares, talvez até
para outras cidades, no intuito de realizar suas transações bancárias.
Infelizmente é esta situação que a gestão do banco prioriza, fortalecendo os
bancos privados e diminuindo a força dos bancos públicos. O PDV vai trazer,
neste momento, muitos danos para sociedade, mas o Sindicato, junto com seu
jurídico, vai estruturar ações contra esta situação”, comenta Suzi.
O Plano de Demissões Voluntários
(PDV) anunciado pelo Banco do Brasil prevê duas modalidades de desligamento: o
Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera
excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para
todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.
O modelo de remuneração dos
bancários que atuam como caixas executivos também devem sofrer com a atual
reestruturação, retirando a gratificação permanente, passando a ter uma gratificação
proporcional apenas aos dias de atuação.
os empregados da Caixa Econômica Federal já foram alvo desta realidade vivida
atualmente pelos funcionários do Banco do Brasil, mas, através de ações
jurídicas movidas pelo Sindicato, foram revertidos alguns postos fundamentais.