Em 2020, a entidade conquistou mais de 20 reintegrações, inclusive revertendo demissões durante a pandemia, como é o caso de Mário. Ele foi demitido em outubro deste ano, após a agência Bradesco – Estrada dos Remédios ser desativada e incorporada à unidade Bradesco – Afogados.
“Recebi a notícia com surpresa, pois o banco tem conhecimento do meu caso de LER/DORT. Desta vez, fui informado que o motivo da minha demissão era redução de custos. Minha homologação ocorreu após quase dois meses, em dezembro, e desde o desligamento não recebi verbas rescisórias, aviso prévio, multa do fgts, 13º salário. Apesar da situação ser difícil, não desisti. Desde a minha primeira demissão sempre requisitei o Sindicato e fui bem atendido. Aos colegas que passam pela mesma situação, lembro que não existe conquista sem luta”, afirma Mário de Sá.
A LER/DORT é a doença ocupacional que mais afeta a categoria bancária. A orientação é que os funcionários mantenham seus exames periódicos atualizados, tirem suas dúvidas na secretaria de Saúde e de Assuntos Jurídicos do Sindicato e façam a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Mário de Sá teve seu auxílio doença alterado de B-31 (comum) para B-91 (acidentário), já está reintegrado e permanecerá licenciado das suas atividades laborais pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues, critica a postura do banco. “O Bradesco fechou unidades e está demitindo bancários durante a pandemia, alegando necessidade de redução de custos. Não podemos aceitar essa justificativa de um banco que lucrou R$12,6 bilhões apenas nos primeiros nove meses de 2020. As demissões neste período configuram quebra do acordo que fizemos na mesa de negociação e é ainda mais grave quando se trata de funcionários adoecidos pela própria exploração do banco. Esta reintegração é uma grande vitória”, comemora. Além de Suzi Rodrigues, o dirigente sindical Josenildo (Fio) acompanhou a reintegração do bancário.
