Coparticipação, lista de materiais e medicamentos abonáveis Cassi
(Limaca) e garantia de direitos a funcionários de bancos incorporados
estão entre os temas prioritários que serão debatidos em reunião com a
Cassi, na próxima quarta-feira (9). Essa decisão foi tomada pelas
entidades representativas de funcionários da ativa e aposentados e a
Diretoria da Caixa de Assistência, durante o encontro virtual que
ocorreu nesta quinta-feira (3).
As entidades defenderam que a
Cassi faça mais encontros periódicos com as entidades para responder
demandas e temas de interesse dos associados. O objetivo é abrir um
canal de comunicação mais direto e frequente da Mesa de Negociação com a
Caixa de Assistência, além das reuniões que já são feitas para
prestação de contas e apresentação de resultados. É necessário ressaltar
que o modelo de diálogo com as entidades do funcionalismo tem se
mostrado vitorioso e primordial para o alcance do atual superávit da
Cassi. Por isso, a importância do processo negocial junto ao banco, já
que nele foi apresentado o novo modelo de custeio ao funcionalismo que
vem assegurando a sustentabilidade da Cassi.
Para os
representantes da Mesa de Negociação, é fundamental que a Cassi esteja
próxima das entidades, pois a troca de informações deve ocorrer não
somente em momentos de negociação, como foi na proposta de
sustentabilidade. Por manter contato frequente com os associados, as
entidades conhecem de perto os problemas do corpo social e podem
contribuir para que todos fiquem mais esclarecidos.
Participaram
da videoconferência representantes da Contraf-CUT, ANABB, AAFBB,
Contec, FAABB, além da diretoria da Cassi – Dênis Corrêa e Ana Cristina
Rosa, e os eleitos Luiz Satoru e Carlos Flesch.
Reunião para prestação de contas
Na reunião desta quinta-feira, que durou cerca de três horas, a
diretoria apresentou o resultado do trimestre (abril, maio e junho/2020)
e a evolução do novo modelo de custeio. Atualmente, são 638.683 mil
participantes divididos em dois planos – Associados (484.408) e o Cassi
Família (286.501).
A Cassi obteve resultado positivo de R$
771milhões. A pandemia gerou a diminuição na realização de exames pelos
associados, fato que se reflete nos números. Porém, de acordo com o
presidente da Caixa de Assistência, os resultados de julho, que ainda
não estão fechados, já mostram um possível retorno aos procedimentos
eletivos.
Com o novo modelo de custeio, a margem de solvência
está acima dos índices mínimos solicitados pela ANS com resultado
positivo de R$ 671 milhões. Também houve evolução de reservas da Cassi.
Dênis
destacou que houve aumento na inadimplência do Cassi Família,
reforçando que esse não é um problema apenas da Cassi, mas de todo o
mercado, em razão do momento de crise econômica. A Cassi tem feito
trabalho com os associados mantendo contato ativo para resolver as
demandas financeiras, sem perda de participantes.
Em relação a covid-19, exames e internações geraram despesas de aproximadamente R$ 265 milhões.
GDI
O presidente da Cassi informou que o Grupo de Dependentes Indiretos
(GDI) está hoje com 2.001 associados. No primeiro semestre de 2019,
houve gastos de R$ 11,4 milhões. E no primeiro semestre de 2020, os
gastos foram de R$ 5,1 milhões – queda de 55% das despesas no
comparativo entre os dois períodos.
Foi informado também que os
recursos que estão na Cassi são mais que suficientes para cobrir essa
população e gerar ganho em termos de capital – esse foi o argumento
defendido durante a aprovação do novo modelo de custeio.
Vale
lembrar que, de acordo com a proposta de sustentabilidade, os R$ 450
milhões que foram destinados à Cassi para administração do GDI começaram
a ser utilizados em fevereiro de 2020.
Coparticipação
Esse é um tema prioritário paras as entidades que continuam cobrando o
retorno da coparticipação aos patamares de 2018, conforme compromisso
feito pela Cassi, durante as negociações realizadas em novembro de 2019.
PAF
O Programa de Assistência Farmacêutica (PAF) também é pauta
importante defendida pelas entidades. A ANABB já solicitou a urgente
necessidade de reavaliação da questão, pois desde que a Cassi promoveu a
redefinição da Limaca, muitos associados estão sendo penalizados, pois
tiveram a interrupção no fornecimento de medicamentos. A ANABB
identificou que quase dois mil medicamentos foram retirados da lista.
Vale
lembrar que, em janeiro de 2020, a ANABB encaminhou carta à Diretoria
da Cassi chamando a atenção sobre a redefinição da LIMACA, documento
este que nunca foi respondido.
Funcionários de bancos incorporados
As entidades também querem esclarecimentos sobre o compromisso feito
durante a proposta de sustentabilidade sobre a abertura do Plano de
Associados aos novos funcionários admitidos a partir de 1º de janeiro de
2018, com a possibilidade de permanência na Cassi durante a
aposentadoria com pagamento das contribuições em autopatrocínio.