Santander afirma que crise causada pela pandemia já passou e negociação com a COE não avança

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e os representantes do banco se reuniram nesta quarta-feira (1º/7), através de plataforma digital, para dialogar sobre a crise decorrente da pandemia do novo coronavírus e que está afetando, diretamente, os funcionários do banco. A pauta apresentada pela COE destacou as demissões neste período de crise, como também o programa Motor de Vendas, novo formato para cobrança das metas abusivas.

A representante do Nordeste na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Tereza Souza, destaca que a reunião online com o banco acabou sendo, apenas, um monólogo, sem retorno do banco. “Tivemos uma reunião muito decepcionante. Mais uma vez o banco ouviu nossas reivindicações, sem esboçar nenhuma preocupação sobre o que foi cobrado. O banco está se comportando como se a pandemia no Brasil, em especial aqui em Pernambuco, já tivesse acabado. As demissões que estão ocorrendo, de acordo com os representantes do Santander, é algo normal e necessário”, destaca Tereza.

No relatório de demonstrações financeiras do Santander, do dia 31 de março deste ano, o banco se compromete com a sociedade, bancários e acionistas a não demitir durante o período de pandemia do novo coronavírus, porém, desde o início de junho, o banco já desligou do seu quadro de funcionários aproximadamente 400 bancários, que, para o banco, são ajustes necessários “na performance” dos demitidos.

“O movimento sindical de todo Brasil denuncia que o argumento do banco Santander, que tenta justificar as demissões, é inaceitável. Não deveria haver cobrança de produtividade em meio à maior crise sanitária dos últimos 100 anos”, destaca a presidenta interina do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano.

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