No Dia Nacional de Luta, realizado nesta terça-feira (16),
em defesa do emprego e contra as demissões arbitrárias no Santander, o
Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou um ato em frente à Agência
Veneza, localizada na Avenida Conde da Boa Vista, contra quebra de acordo
firmado em mesa de negociação, e que não permite demissões neste período de
pandemia do novo coronavírus.
A presidenta interina do Sindicato, Sandra Trajano, destaca
que o Santander tem histórico de quebrar acordos sem negociar com a categoria e
seus representantes.
“Queremos denunciar as práticas negativas que o
Santander vem realizando ao longo dos anos. Este banco sempre pratica ações que
estão fora do negociado com os representantes dos seus funcionários. Esta
situação é lamentável e inaceitável. Mesmo com os altos lucros, este banco só
pensa no retorno próprio”, comenta Sandra.
Com faixa defendendo o emprego e painel denunciando os 9.400
bancários que devem ser demitidos ainda este ano, enxugando em 20% do seu
quadro de empregados, o Sindicato dos Bancários dialogou com funcionários e
clientes sobre a falta de compromisso do banco neste período de pandemia.
“Constatamos que os funcionários e clientes do Santander
estão vulneráveis à contaminação dentro da agência, já que faltam Equipamentos
de Proteção Individual, como a Face Shield e as barreiras de acrílico, para
evitar a proliferação da doença. A falta de respeito e o descaso com a saúde do
trabalhador é absurda”, afirma a bancária do Bradesco e presidenta licenciada
do Sindicato, Suzi Rodrigues, que esteve presente para apoiar a mobilização.
O Santander, mesmo não sendo um banco prestador de pagamento
de auxílios emergenciais durante a pandemia, é o segundo entre bancos públicos
e privados com maior número de bancários contaminados pela Covid-19. Em
Pernambuco, só no banco Santander, já são 55 casos confirmados e 44 suspeitos.
Para a secretária da Mulher do Sindicato e funcionária do
Santander, Eleonora Costa, não surpreende a pressão do Santander sobre os
bancários em tempo de crise. “Já conhecemos a prática de ataques do banco em
momentos de dificuldades. Neste período de pandemia não foi diferente, mesmo
com o lucro do banco de 3,77 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Não vamos
admitir que o Santander continue desrespeitando nossa categoria no Brasil”,
comenta Eleonora.
Além das manifestações em agências e departamentos do banco
nesta terça-feira, um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil foi
realizado, mostrando toda indignação da categoria durante pandemia do novo
coronavírus.