
A reunião debateu a pauta apresentada pelos representantes dos empregados do Santander, que destacou a situação do banco de horas dos bancários, que faz com que eles saiam desse momento de pandemia devendo horas de trabalho ao banco; a importância da execução das atividades por home office; a recorrente cobrança de metas, que não cessaram durante este caótico momento; o não pagamento da remuneração variável; e a mudança do procedimento em caso de suspeita de contaminação pela Covid-19.
Para presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues, o Santander continua pensando apenas nos altos lucros, mesmo diante do crescente número de contaminação entra seus empregados.
“Estamos contabilizando os casos de bancários contaminados pelo novo coronavírus e os com suspeita de terem adquirido a doença, mas o Santander não apresenta alternativas para minimizar este alarmante quadro. É o segundo no ranking de adoecimento por Covid-19 no nosso Estado e tem colocado a vida dos funcionários e clientes em risco, sem adoção de protocolos eficazes”, destaca Suzi.
A diretora da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE) e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Tereza Souza, destaca a intransigência do banco em dialogar com os representantes dos bancários.
“A reunião não surtiu efeito desejado, já que não avançamos em nenhum dos pontos apresentados durante tentativa de negociação. O banco reafirma que vai continuar com este tipo de prática, de forma intransigente, mostrando que existe diferença de tratamento entre bancários do Brasil e os de outros países”, comenta Tereza.
Em meio à pandemia do coronavírus e diante da nítida diferenciação de tratamento dispensado aos trabalhadores pela direção do Santander no Brasil e nos demais países onde o banco atua, fica evidente a discriminação dirigida aos empregados brasileiros do conglomerado espanhol.
“É revoltante a maneira distinta com que o Santander trata seus trabalhadores nos diferentes países onde atua. Em que pese a diferença cultural, política, social e econômica entre os países, uma coisa é certa: a vida tem o mesmo valor em qualquer lugar, e o banco tem o dever de garantir segurança para todos os funcionários do grupo, no mundo”, afirma Maria Rosani, coordenadora da Comissão Organizativa dos Empregados (COE) do Santander.