
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco se reuniu nesta segunda-feira (20), por videochamada, com o Ministério Público do Trabalho (MPT-PE), a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Procon Recife, Superintendência do Trabalho (SRTE), com participação da Caixa Econômica Federal, para debater sobre soluções para reduzir a aglomeração de pessoas nas filas das agências bancárias.
A reunião teve como foco a Caixa, por ser o banco com o maior volume de pessoas para serem atendidas em razão do pagamento do Auxílio Emergencial. No debate, os representantes tiveram consenso sobre a necessidade de massificar as informações sobre o cadastro online e calendário de pagamentos, para evitar que a população procure atendimento nas agências.
“É um volume muito grande de pessoas, mas grande parte delas vai ao banco sem necessidade. Muitas pessoas que realizaram o cadastro pelo app ou site ainda estão em análise e, mesmo sem confirmação, vão até as agências. Outras, não têm direito ao benefício, mas procuram a Caixa porque não sabem os critérios definidos pelo Governo. Também existe uma dificuldade com relação ao calendário do pagamento. Então, o principal problema tem sido a falta de informação”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues.
A Caixa se comprometeu a intensificar as informações sobre o auxílio emergencial e a disponibilizar essas informações para as prefeituras do Estado contribuírem com a massificação.
O Disque 111 é o principal canal de informações sobre o pagamento do Auxílio Emergencial. Em reunião com o Comando Nacional dos Bancários, também realizada ontem (20), a Caixa disse que já autorizou o aluguel de carros de som para informar as pessoas que estão nas filas e rodando nas comunidades e os sindicatos dos bancários já estão, desde o começo reforçando as informações. O Sindicato que já havia realizado uma campanha com carros de som na Região Metropolitana do Recife, irá retomar a iniciativa com foco no auxílio emergencial, ampliando para o Interior.
O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, sugeriu que outros agentes possam ser envolvidos para orientar a população neste momento. “Solicitamos que as prefeituras que tenham condições ajudem colocando os CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) à disposição para fazer esse serviço social de esclarecimentos e cadastramentos”, defendeu.
Sobre a organização das filas, a Caixa seguirá orientando a população para que seja cumprido o decreto Estadual, respeitando o distanciamento entre as pessoas. A polícia poderá ser acionada em casos de perturbação da ordem, para oferecer reforço nas áreas externas das unidades. Segundo a imprensa, a Polícia Federal autorizou a Caixa a colocar os vigilantes para ajudar a organizar as filas.
A presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues, avalia positivamente o debate e reforça a importância do trabalho que está sendo realizado pelos empregados da Caixa. “Denunciamos a situação da aglomeração, que nos preocupa por ser um risco para saúde da população e dos bancários em meio à pandemia, e conseguimos chamar a atenção do poder público, mostrando que coletivamente podemos encontrar saídas. Nossa luta em defesa da Caixa como banco 100% público é reforçada neste momento, com todo povo brasileiro vendo a importância deste banco e dos seus empregados”, conclui.
Abertura no feriado e no sábado
Nesta terça-feira (21) e no sábado (25), aproximadamente 700 agências da Caixa, a maior parte delas localizadas nas regiões Norte e Nordeste do país, onde existe maior demanda, abrirão para atendimento às pessoas que precisam receber o auxílio emergencial. Segundo a Caixa, em reunião nacional com o Comando dos Bancários e o MPT, o atendimento acontecerá somente nesta semana e os funcionários vão aderir voluntariamente. A coordenação do Comando Nacional dos Bancários cobrou da Caixa o pagamento das horas extras e o banco informou que serão pagas.
Manter contingente atual
Na reunião nacional, a Caixa desmentiu boatos de que pretende chamar funcionários que estão em home office e dispensados do trabalho para voltar às agências. A Caixa se comprometeu a manter o contingente atual e o rodízio.