Data Magna celebra Revolução Pernambucana de 1817



“Meu País Pernambuco”. A expressão, hoje utilizada pelos pernambucanos para exaltar com orgulho seu vínculo com o Estado, já foi verdadeira no passado. No dia 6 de março de 1817, eclodia a Revolução Pernambucana, movimento que tornou o Estado uma nação independente durante 75 dias. Para celebrar essa data, o feriado estadual da Data Magna foi instituído em 2017, pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O
levante ocorreu quando uma grande seca assolou o Nordeste por quase
um ano, e a esse contexto aliou-se à crise do açúcar e o descaso
da corte, que havia sido trazida para o Brasil em fuga, pelo príncipe
Regente Dom João. O desgaste na relação entre a capitania e a
coroa foi inevitável.

A
insatisfação popular levou à proclamação da república
pernambucana, inclusive, com organização de uma assembleia
constituinte. Apesar da importância histórica, a data ainda é
pouco conhecida pela população nos dias atuais.

Após
a notícia sobre a insurreição, o governador
Caetano Pinto, reunido
com o Conselho Militar da Capitania, ordenou
a prisão dos
líderes revolucionários. Os primeiros detidos foram os comerciantes
Domingos Martins e Antônio da Cruz Cabugá, além do padre João
Ribeiro Montenegro. Entretanto, haviam
também militares rebelando-se, o que resultou na morte do brigadeiro
português Manoel Barbosa
pelo capitão José de Barros Lima, o Leão Coroado, que em seguida
uniu a tropa e libertou os aprisionados.

O
movimento cresceu
e uniu quatro
estados nordestinos (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do
Norte) em uma única nação chamada Pernambuco. “Foram
75 dias de construção de uma sociedade baseada na democracia, na
cidadania, na liberdade, que marcou a história do nosso povo. Sempre
fomos de luta e esse foi um episódio de resistência diante da
entrega das nossas riquezas”, avalia a presidenta do Sindicato dos
Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues.

BANDEIRA DE PERNAMBUCO

A
bandeira do estado que até hoje é utilizada oficialmente, foi
criada neste momento pelo
padre
e revolucionário João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro.
Na
época,  a cor azul foi para simbolizar o céu; a cor branca
representava a união da nação; o arco-íris (verde, amarelo,
vermelho) assinalava o início de uma nova era; as três estrelas
representavam Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte — e outras
estrelas seriam inseridas em volta do arco-íris ao passo que outras
capitanias brasileiras aderissem oficialmente à Confederação —;
a cruz era uma referência à denominação do Brasil em seus
primórdios (Terra de Santa Cruz); e o Sol iluminava o futuro. Na
bandeira atual, adotada em 1917, a única modificação da bandeira
original foi a retirada de duas das três estrelas inseridas acima do
arco-íris. 

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