159 anos da Caixa é comemorado com protesto em Pernambuco

Celebrado no dia 12 de janeiro, os 159 anos da Caixa Econômica Federal foi comemorado nesta segunda-feira (13), na Agência Boa Vista, região central do Recife (PE). No início da manhã, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Pernambuco estiveram reunidos com clientes e empregados do banco, destacando a importância do caráter público do banco e sua função social.
Após o parabéns simbólico dentro da agência, a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues, destacou que a Caixa precisa continuar 100% pública, pois a privatização irá prejudicar os brasileiros, em especial a população de baixa renda.
“A Caixa durante os seus 159 anos permitiu que os brasileiros tivessem acesso à educação, saúde, saneamento básico e moradia. A Caixa é do povo brasileiro e para continuar a desenvolver o Brasil ela precisa ser 100% pública. Quando o governo retira os ativos da Caixa, vende as lotéricas, esvazia o FGTS, ele compromete o papel social deste banco e beneficia acionistas e bancos privados. Então, vamos continuar unidos em defesa do nosso patrimônio”, afirma Suzi. 
Diante do cenário de desmonte dos bancos públicos, a mobilização denuncia o enfraquecimento da Caixa e a venda de setores lucrativos, como cartões e seguros. A secretária de Bancos Públicos e empregada do banco, Cândida Fernandes, enfatizou que só com a luta que a população poderá continuar a ter acesso a programas sociais e financiamentos populares.
“Temos uma história que muito nos orgulha e que não podemos abrir mão. Desde seu início, a Caixa é do povo brasileiro. Lutamos muito para que programas como o Minha Casa Minha Vida, o Fies, o Bolsa Família e tantos outros programas que são geridos por esta empresa fossem respeitados em todo mundo. Isso não pode mudar”, comenta Cândida.
Além dos dirigentes do Sindicato, empregados da Caixa e a  Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal – Pernambuco (Apecef-PE) participaram do ato que marcou o Dia Nacional de Luta. Clientes da Agência Boa Vista, que ouviam atentamente os dirigentes, mostraram apoio à atividade. 
“Conversei com várias pessoas que estavam aguardando a abertura do banco e todos falaram que tem confiança na Caixa e que se sentem seguros ao realizarem transações com esta instituição. É inadmissível que o governo Bolsonaro, sabendo do lucro que este banco arrecada e dos investimentos feitos para o País, entregue este patrimônio para o capital privado”, conclui Suzi.
 
Reunião com a Caixa 
Na próxima quarta-feira (15), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa levará à mesa de negociação uma série de reivindicações elencadas pelos empregados. Trabalhadores de todo o Brasil colaboraram com inúmeras sugestões, todas incluídas na pauta já enviada ao banco. Confira:
– Respeito à carreira dos trabalhadores e não ao descomissionamento arbitrário.
– Fim da uberizacao do trabalho de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor (fim das carreiras por minuto).
– Estabilidade remuneratória aos empregados e pelo fim das incertezas, agravadas com os anúncios de restruturação.
– Fortalecimento do papel social da Caixa, com as funções que atendem a população sendo melhor remuneradas e encarreiradas (criação do assistente de atendimento social), valorização dos caixas e dos gestores em especial os Gov/Social.
– Novo modelo de PSI é excludente, considerando o último ciclo do GDP, no qual gestantes e empregados de licença não podem participar.
– Métodos mais eficientes para acompanhar os resultados das unidades.
– Que a direção da Caixa brigue pelo restabelecimento do convênio com o INSS.
– Saúde Caixa para todos!
– Fim do Bônus Caixa e maior reconhecimento dos empregados.
– Fim das demissões dos PCDs por questões de adaptação.
– Contratação imediata dos concursados 2014.
– Cobrança de esclarecimentos sobre a reestruturação que retirada de direitos dos Caixas, Tesoureiros e Gestores, além do fim deste processo.
– Fim da verticalização: equiparação salarial dos GAN PF e PJ com os gerentes de relacionamento PF e PJ.
– Tesoureiros: imediata redução para jornada de 6h sem redução salarial e agregação da verba de quebra de Caixa ( essa verba também deve ser agregada aos avaliadores de Penhor)
– Valorização da Função de Caixa (volta da efetivação) e do atendimento à população com o fim do Caixa minuto.
– Fim do Revalida e do GDP.
– Fim da jornada irregular dos GG, com o registro de ponto e o impedimento de jornadas superiores a 12h.
– Transparência no Saúde Caixa: precisamos dos dados para poder fiscalizar ou negociar.

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