Sindicato realiza ato político-cultural antirracista nas agências bancárias

O
Sindicato dos Bancários de Pernambuco enfrenta, diariamente,
batalhas contra a discriminação, o preconceito, o assédio e toda
forma de opressão à classe trabalhadora, em especial à
categoria bancária. Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra,
a entidade irá realizar um ato político-cultural, nas agências bancárias
localizadas na Av. Conde da Boa Vista, em defesa dos direitos da
população negra do País. A Lei 12.519, que instituiu a data
comemorativa, foi sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff em
2011.

Com
o tema “Não Basta Não Ser Racista, É Preciso Ser Antirracista”,
dirigentes vão alertar a população e os bancários sobre os
retrocessos que o governo Bolsonaro quer impor contra as
políticas afirmativas conquistadas nos governos progressistas em
favor da igualdade de oportunidades para os negros. Na ocasião, o
grupo de dança e percussão Cia Tradicional Fazendo Arte, do Projeto
Fábrica Fazendo Arte, irão fazer uma apresentação cultural para o
público.

A
secretária da Mulher, Eleonora Costa, destaca que é necessário
fazer esse alerta, já que o governo atual abriu espaço para que os
graves ataques fossem intensificados. “É inacreditável que estejamos
passando por uma situação deste tipo. Há muito tempo estamos
lutando contra toda e qualquer forma de racismo e, mesmo antes de
eleito, o presidente Bolsonaro abria espaço para o crescimento do
ódio entre raças, classe social, orientação sexual ou de gênero.
Muitos acham desnecessária toda essa luta, mas sem ela a situação
seria bem pior.
Vamos mostrar que o respeito ainda é a melhor opção”, comenta
Eleonora.

Dados
do Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, mesmo
exercendo as mesmas funções, os negros recebem salários 31%
menores que os brancos. Mesmo
sendo maioria da população, entre os 10% mais riscos, 70,6% são
brancos e 27,7% são pretos ou pardos. Sobre os 10% mais pobres,
75,2% são de pretos ou pardos, enquanto somente 23,7% são brancos.
Estes dados são confirmados nos cargos executivos, setor bancário e
outros seguimentos no País.

Outro
dado alarmante, é que 75% das vítimas de homicídio no País são
pessoas negras. “Discutir a visibilidade negra no mundo do trabalho
e os crimes raciais contra essas pessoas é de fundamental
importância. Não podemos aceitar que isso ainda esteja acontecendo
e ficar de braços cruzados assistindo esse absurdo. Falar da
Consciência Negra é preciso, porque muito ainda precisa ser feito.
Estamos longe viver em um mundo igualitário e sem racismo”,
enfatiza a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues.

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