
A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), retomou no último dia 21 de outubro, a mesa de negociação permanente com a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), na sede administrativa do Banco, no Passaré. Na pauta, temas como concorrências, ponto eletrônico, PCR, processos administrativos e demitidos da era Byron.
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco participou da agenda, que também contou com representantes dos sindicatos do Piauí, Alagoas, Ceará, Paraíba e Bahia. O secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, e o coordenador da Comissão Nacional, Tomaz de Aquino, foram os dirigentes responsáveis pela coordenação da negociação.
Entre as reivindicações, destaca-se a redução da trava de dois anos relativa às concorrências. O Banco do Nordeste informou que o modelo 360° será modificado e que estará lançando em breve, gradativamente, um novo modelo de concorrência, o “Promova-se”, com concorrências permanentes e sem banco de sucessão.
Com relação aos processos disciplinares, a Contraf reforçou a necessária garantia do acesso ao processo pelos funcionários envolvidos nas decisões administrativas sobre dispensa de funções de comissão. Os sindicatos receberam denúncias de aplicação de penalidades a funcionários sem qualquer justificativa e informação.
“Casos de burla ao sistema do ponto eletrônico também foram denunciados. Gestores estariam desabilitando o sistema enquanto funcionários continuam trabalhando fora do ponto. O ponto eletrônico é uma importante conquista da Convenção Coletiva de Trabalho e deve ser respeitado. Vamos estar vigilantes para garantir o pagamento das horas trabalhadas”, ressalta a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues.
Outro ponto de pauta da reunião foi o defasado Plano de Cargos e Remuneração (PCR). “Solicitamos a reabertura de negociação para a revisão do PCR, a partir de proposta construída em grupo de trabalho paritário. Mas, os representantes do banco informaram que a conjuntura atual não recomenda qualquer iniciativa desse tipo e que o Banco do Nordeste não tem, no momento, qualquer perspectiva para tratar de assunto dessa natureza”, afirma o dirigente Fernando (Batata), que participou da reunião.
Por fim, ao ser questionado sobre a readmissão dos demitidos da era Byron Queiroz, o Banco informou que só há possibilidade de reintegração em caso de anistia geral a ser adotada por todas as estatais. Os sindicatos insistem que na possibilidade da construção de um acordo específico como foi feito na década de 90, mas não obtiveram qualquer receptividade sobre isso da parte do Banco.
De acordo com o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga, a retomada das negociações foi positiva. “Nós apresentamos as principais demandas do funcionalismo que chegaram à Confederação e à Comissão Nacional e o Banco se comprometeu a encaminhar algumas delas. Devemos agendar uma nova reunião no final de novembro para darmos continuidade à negociação”, disse.