O
Banco do Brasil está descumprindo acordo firmado com a Comissão de
Empresa dos Funcionários (CEBB) de que, após a fase de adesão
voluntária ao Plano de Ajuste de Quadros (PAQ), lançado no final de
julho, não seriam realizadas remoções compulsórias para
municípios que não fossem o da origem dos funcionários.
A secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de
Pernambuco e membro da
COE Banco do Brasil, Sandra
Trajano, destaca que o
movimento sindical não
fechou acordo
de remoção
compulsória para cidades limítrofes.
“É
uma decisão administrativa do banco, onde ele mudou uma Instrução
Normativa Interna para poder realizar essa arbitrariedade. Isso não
estava normatizado e tem total desaprovação do Sindicato. Estamos
acompanhando de perto os casos que estão chegando ao
nosso jurídico e
ofereceremos o suporte necessário aos sindicalizados. Não temos acordo com o banco de transferência
compulsória desde tipo”, afirma Sandra.
O acordo
previsto, que diz respeito às remoções compulsórias, traz que o
bancário transferido não pode ir para localidades com mais de 30 km
de distância do seu local de origem, porém, podendo chegar até 50
km quando não houvessem vagas em distância inferior, com consulta
prévia do relocado.
O banco informou à CEBB que, após a
fase de adesão voluntária, permanecem 577 pessoas em excesso,
sujeitas a remoção para outras unidades e que a remoção
compulsória pode ocorrer, inclusive para outras cidades da mesma
região metropolitana, ou para a região limítrofe, a que for mais
perto da origem.
“O
Sindicato recebeu denúncia de muitos funcionários do BB e vai
acompanhar de perto todo o processo. Caso sejam verificadas
irregularidades, a nossa Secretaria de Assuntos Jurídicos orientará
os bancários. Por isso, é importante que os que forem afetados
informem ao diretor da área”, ressalta a presidenta do Sindicato,
Suzi Rodrigues.
Será
aberto um Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR)
especial apenas para pessoas em excesso. Quando houver a adesão, ou
recusa, dessas pessoas, outras pessoas poderão aderir.
Histórico
O
PAQ do Banco do Brasil foi anunciado no dia 29 de julho por meio de
comunicado oficial aos funcionários nos canais internos de
comunicação, com critérios e prazos da reestruturação e do plano
de desligamento. A reestruturação previa ajustes de quadros, corte
de 2.300 vagas em agências e setores administrativos internos e o
fechamento de mais de 300 agências, que serão transformadas em
postos de atendimento, sem autonomia e sem gerente administrador.
Em
reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, no dia
30 de julho, o BB informou que os funcionários que não forem
realocados em cargos equivalentes receberão, durante os quatro
meses, uma Verba de Caráter Pessoal (VCP), que completa o
rendimento, mas que os caixas não seriam contemplados.
Dicas
para identificar se sua remoção é irregular:
1)
Observar se sua agência tem excesso.
2) Em tendo excesso,
observar se houve indicação. Se não houve indicação é porque
nas agências limítrofes não tem vaga, então nesse momento não
haverá movimentação.
3) As indicações estão sendo feitas
pelo TAO invertido, ou seja, quem tem menor pontuação.
5) Não
havendo movimentação espontânea até 16 de outubro, haverá uma
rodada para a remoção compulsória dentro dos critérios informados
acima.