
A luta pela igualdade de oportunidades na vida e no trabalho é uma das prioridades do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Diante do aumento de casos de intolerância e preconceito no Brasil, a entidade iniciou o planejamento do I Seminário da Diversidade, previsto para realizar-se no primeiro semestre de 2020.
A presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues, destaca que o combate à LGBTfobia no ambiente de trabalho e na sociedade é um compromisso da entidade. “Cobramos a promoção de políticas inclusivas e igualitárias no setor bancário e queremos fomentar esse debate na categoria. Por isso, vamos construir um seminário que envolva não apenas a população LGBTQI+, mas todas e todos que têm como objetivo defender os direitos humanos e combater o preconceito”, afirma Suzi.
Representantes da comunidade LGBTQIA+, que tenham protagonismo na luta em defesa dos direitos sociais, também serão convidados para o evento. A programação receberá contribuições do coordenado do Miss Recife Gay, Ângelo Santoro. “Este Seminário que está sendo planejado pelo Sindicato vai ser muito importante para proporcionar visibilidade para esse debate. Apesar de nos deparamos com muitas barreiras na sociedade, encontramos as portas abertas no Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Com certeza, a realização deste seminário será mais uma importante conquista”, afirma Ângelo.
A construção do Seminário é um desdobramento da Campanha de Valorização da Diversidade, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que incentiva a criação de “Agentes da Diversidade” nos bancos. A proposta é que os bancários tenham os subsídios necessários para promoção de debates em defesa dos direitos das mulheres, dos negros, das Pessoas com Deficiência e da população LGBTQI+, em apoio à diversidade nos locais de trabalho, orientando os colegas e denunciando situações discriminatórias.

A categoria bancária foi uma das primeiras a conquistar a inclusão de uma cláusula de combate à discriminação nos bancos e de extensão dos direitos aos casais de relação homoafetiva. Em 2009, os trabalhadores conquistaram a cláusula de direitos previdenciários para os casais homoafetivos. Além disso, também é direito ter o nome social no RG e no crachá do banco.
“As conquistas mais recentes são a aprovação de lei que determina a criminalização da homofobia e a determinação de que os LGBTQIA+ não podem ser excluídos do conceito de família e devem tem acesso à todas as políticas públicas”, ressalta Suzi.
Neste mês de outubro, está disponível o questionário do 3º Censo da Diversidade Bancária, que visa traçar o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e PCDs (pessoas com deficiência) com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário. O questionário é uma das conquistas da categoria bancária na Mesa de Negociação com a Fenaban.