
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco, em parceria com a CUT e a CGIL Florenze, realizou nesta segunda-feira (19), o Seminário Internacional Brasil-Itália. A troca de experiências sobre os desafios enfrentados pela classe trabalhadora diante da crise do capitalismo, do avanço de governos ultraliberais e conservadores, e da tecnologia 4.0, aponta para a necessária solidariedade dos movimentos sociais e sindicais, no Brasil e no exterior.
A mesa de abertura foi composta pela presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues; a secretária-Geral, Sandra Trajano; a secretária de Formação, Adriana Correia; o secretário de Organização dos Bancários CGIL Florença, Yuri Domenici; o secretário adjunto de Comunicação da CUT Nacional, Greg; o secretário de Comunicação da CUT-PE, Fabiano Moura; a dirigente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE), Tereza Souza, e o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto Von Der Osten.
Para Suzineide Rodrigues, o Seminário mostrou que a realidade de retrocessos enfrentada pelos bancários no sistema financeiro acontece em nível mundial. “O processo tecnológico retira os empregos dos trabalhadores no Brasil, enquanto na Itália existe um outro processo de organização, mas os entraves são os mesmos. A substituição do bancário por outra mão-de-obra que não é bancária é igual nos dois países. Também percebemos que, aqui ou na Itália, o bancário enfrenta o assédio moral, pressão pelo cumprimento de metas e desrespeito aos direitos da categoria. O nosso desafio é fazer com que os bancários do Brasil, da Itália e do mundo, compreendam que só organizados, com a luta do Sindicato, enquanto classe trabalhadora, poderemos garantir os nossos direitos”, afirma Suzineide Rodrigues.

A programação foi aberta com painel sobre a conjuntura atual no Brasil e na Itália, organização e financiamento sindical e a situação dos bancos públicos. À tarde, os debates concentraram-se na saúde do trabalhador, assédio moral e inovação tecnológica e o futuro do trabalho. “A proposta do Seminário foi pensar um novo modelo de sindicato capaz de enfrentar a conjuntura política . Por isso, trouxemos a experiência de um outro País para nos prepararmos para este novo momento”, ressalta a secretária de Formação, Adriana Correia.
Representando a CGIL Florença (IT), o secretário de Organização dos Bancários, Yuri Domenici, destacou a parceria entre as entidades. “Foi uma grata experiência. É um momento difícil, em todo o mundo, mas foi importante ser aqui no Brasil. O ataque à democracia, o ataque fascista que existe na Itália, na Europa, nos EUA com Trump, aqui com o Bolsonaro, é forte. É um ataque contra os direitos dos trabalhadores. Por isso, precisamos nos unir para enfrentar o momento histórico que o mundo do trabalho está vivendo”, conclui.