
“Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres”. A palavra de ordem ecoou a força de 100 mil mulheres do campo, das florestas, das águas e urbanas, na 6ª Marcha das Margaridas, maior mobilização de mulheres da América Latina, que realizou-se nos dias 13 e 14 de agosto, em Brasília (DF).
As bancárias de Pernambuco participaram do evento, que teve como lema “Margaridas na Luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência”. Pernambuco levou mais de 2.300 participantes, que ocuparam o Pavilhão do Parque da Cidade.
No dia 13 de agosto, enquanto a Câmara dos Deputados realizava uma sessão solene em homenagem à Marcha das Margaridas, o ato em defesa da Educação e a I Marcha das Mulheres Indígenas ocorriam em frente ao Congresso Nacional. À tarde, uma série de oficinas e rodas de diálogo aconteceram no Parque da Cidade, com debates sobre temas como reforma da Previdência, soberania alimentar, corpo e sexualidade. A abertura oficial ocorreu na noite do dia 13, com a presença de lideranças do movimento rural, deputados e governadores.
A presidenta da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (Fetape), Cícera Nunes, destaca a união das mulheres. “Estamos discutindo temas importantes na vida das mulheres do campo e da cidade. Precisamos, as mulheres, cada vez mais nos unir, lutar por políticas públicas de inclusão. Temos um governo que exclui as mulheres da Educação, da saúde. Então, precisamos estar nas ruas, seja bancária ou da área rural, para lutar pelas conquistas dos últimos anos”, afirma.

A Marcha saiu no dia 14, às 7h, rumo à Esplanada dos Ministérios. A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, frisou a representatividade da marcha diante de uma conjuntura de retrocessos sociais. “A Marcha das Margaridas representa a resistências das Mulheres rurais, mas nós bancárias estamos aqui para lutar por um Brasil melhor, pela nossa soberania e por direitos”, afirma da presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.
As margaridas produziram uma plataforma política, reafirmando a defesa de temas como a terra, a água, as práticas agroecológicas, as políticas de educação e saúde, o combate à violência de gênero, além da Previdência Social. “Estamos lutando com as trabalhadoras rurais pela liberdade das mulheres, porque esse governo Bolsonaro não tem compromisso com as trabalhadoras”, concluiu a secretária da Mulher do Sindicato, Eleonora Costa.