
Contra o descomissionamento sem critérios claros de empregados da Caixa Econômica Federal e outras práticas abusivas cometidas pelo banco, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco entrou com uma petição junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) 6ª Região, no último dia 12 de julho, para solicitar uma audiência de mediação para tratar sobre a referida situação.
No documento, o Sindicato destaca a defasagem no quadro de empregados da Caixa, provocada pela realização de Programas de Demissão Voluntária/Incentivada e não convocação dos aprovados no último concurso. “Este governo não tem compromisso com o que é público. Estamos com um quadro reduzido de empregados, necessitando de reposição de pessoal. É uma situação grave que precisa ser analisada pelo Ministério Público, pois os empregados estão sobrecarregados e o atendimento à população está comprometido”, destaca a secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Cândida Fernandes.
O último concurso realizado pela Caixa aconteceu em 2014, frustrando os concursados aprovados e desrespeitando, também, as pessoas com deficiências (PCDs), que só foram chamadas pelo banco neste mês de julho de 2019, após decisão judicial que exige que o banco cumpra a cota mínima de PCDs.
Na avaliação do Sindicato, as manobras realizadas pelo banco, através das reestruturações e, recentemente, de descomissionamentos injustificados, são parte do processo de desmonte do banco 100% público. A entidade já posicionou-se contra o Revalida, novo sistema de avaliação adotado pela Caixa, que tem destituído funções sem critérios objetivos.
“Observamos que a Caixa está realizando o descomissionamento de bancários que tenham demandado juridicamente contra o banco, para sanar questões trabalhistas, tanto em ações individuais, quanto as coletivas, que são patrocinadas pelo Sindicato”, denuncia o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino.
A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, reafirma o compromisso da entidade em defender os direitos da categoria. “Não vamos permitir que a direção da Caixa prejudiquem a categoria e acabe com o papel social do banco público. A transferência de empregados, sem estabelecimento de diálogo, é arbitrária e desrespeitosa. Isso prejudica a saúde de quem está sendo direcionado para outra agência e reflete na vida de toda família da bancários ou bancário. Estamos tomando as medidas cabíveis para barrar esse ataque”, afirma Suzineide.
Confira o Ofício enviado ao MPT, clicando aqui.