Greve Geral: Mais de 130 mil trabalhadores participam de ato unificado no Recife

Em todas as capitais, no Distrito Federal e em mais de 300 cidades brasileiras, trabalhadoras e trabalhadores protestaram contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro neste 14 de junho, dia da Greve Geral pela aposentadoria, por mais empregos e contra os cortes na educação. Aproximadamente 45 milhões de pessoas participaram das manifestações, segundo balanço divulgado pelas centrais sindicais.
“Mesmo após as alterações feitas pelo relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), a reforma permanece prejudicial para classe com medidas como a obrigatoriedade da idade mínima e mudanças no cálculo do benefício. Não vamos negociar retirada de direitos. A Greve Geral foi vitoriosa”, avalia o dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e da CUT-PE, Fabiano Moura.
No Recife (PE), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco uniu-se aos metalúrgicos, professores, petroleiros, entre outras categorias. Mais de 130 mil pessoas foram às ruas na Capital pernambucana para exigir que o Congresso Nacional não aprove a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 006/2019.
O Ato Unificado ocorreu das 14h às 19h, concentrando-se no cruzamento da Rua do Sol com a avenida Guararapes. Uma grande coluna vermelha seguiu em marcha pela avenida Conde da Boa Vista.
“Os bancários foram às ruas porque sabem que nesse País quem vai lucrar com a reforma da Previdência é o sistema financeiro. A grande mídia mente para população ao afirmar que a proposta combate privilégios. É uma falácia. Hoje, temos uma Previdência universal, que o empregado contribui, assim como o patrão e o governo. A capitalização, que embora tenha saído da proposta no relatório da comissão especial poderá voltar no plenário, deixa o trabalhador sem amparo do Estado. O governo quer a destruição da classe trabalhadora. Isso nós não vamos permitir”, afirmou a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, em fala pública durante o ato.
Os trabalhadores prometem manter a mobilização popular nas ruas, pois entendem que essa é a maior fonte de pressão sobre os votos de deputados e senadores. A proposta do governo para mudanças na Previdência tramita no Congresso Nacional e poderá ser votada na primeira quinzena de julho.

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