Bancários de Pernambuco aderem à Greve Geral do dia 14 de junho

Os bancários de Pernambuco decidiram, nesta terça-feira (11), aderir à Greve Geral do dia 14 de junho, contra a proposta de reforma da Previdência e os cortes na educação do governo Bolsonaro (PSL) e por mais empregos. Além de participar do ato unificado que será realizado no cruzamento da rua do Sol com a Avenida Guararapes, às 14h, a assembleia aprovou a paralisação parcial das atividades, com retardamento da abertura para meio-dia das agências bancárias, públicas e privadas, localizadas nas avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto. Às 12h30, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza um ato público em frente ao Banco do Nordeste, localizado na avenida Conde da Boa Vista.
Convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais do País, a Greve Geral irá alertar deputados e senadores sobre a discordância da classe trabalhadora diante do desmonte da Seguridade Social e de medidas do governo, como o corte da verba para a Educação pública.
A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destaca que a participação na greve geral é uma decisão política. “Os bancários de Pernambuco decidiram aderir à Greve Geral para barrar essa nefasta reforma da Previdência, defender os bancos públicos, os empregos e os direitos de toda a classe trabalhadora. Vamos paralisar parcialmente as agências dos principais corredores bancários, mas as demais agências que decidirem aderir à paralisação poderão contar com o apoio do Sindicato”, afirma.
Categorias de diversos ramos já realizaram assembleias em vários Estados e decidiram participar da Greve Geral. Além dos bancários, metroviários, professores, metalúrgicos, trabalhadores da Educação, da saúde, de água e esgoto, dos Correios, da Justiça Federal, químicos e rurais, portuários, agricultores familiares, motoristas, cobradores, caminhoneiros, eletricitários, urbanitários, vigilantes, servidores públicos estaduais e federais, petroleiros, enfermeiros e previdenciários. Os estudantes e docentes das universidades Federal e Estadual de todo País também vão aderir ao movimento.
A expectativa é de que a Greve Geral da próxima sexta-feira (14) supere a ocorrida em abril de 2017, contra reforma da Previdência do então governo de Michel Temer (MDB). Na ocasião, mais de 150 cidades aderiram, com participação com mais de 40 milhões de pessoas.
“A CUT Nacional está muito firme na sua clareza de fazer oposição a esse governo, antinacional e entreguista, e de construir a Greve Geral. Nós bancários temos uma tarefa importante de construir a greve e dialogar com a população. Não vamos parar por aqui, pois a jornada é longa. O povo está mostrando a capacidade de reação diante desse ataque fatal que é a reforma da Previdência. Vamos mostra essa força no dia 14 de junho”, afirma o diretor do Sindicato e representante da CUT Nacional, Expedito Solaney.
A reforma da Previdência de Bolsonaro acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres; aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos; e muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS – trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, a trabalhadora e o trabalhador terão de contribuir por pelo menos 40 anos.

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