O
Comando Nacional dos Bancários realiza, nesta quinta-feira (30), uma
oficina sobre a importância dos bancos públicos para o
desenvolvimento socioeconômico do país. A reflexão foi motivada
pelo economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, participou da oficina promovida pelo Comando Nacional. “Não há inclusão social sem instituições públicas que promovam o desenvolvimento social. Reduzir o quadro de empregados e vender áreas lucrativas é preparar o banco para a privatização. Não vamos permitir o desmonte do patrimônio brasileiro, intensificando a campanha em defesa da Caixa, do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste”, afirma.
Para
Belluzzo corremos um grande risco de, com base em uma ideologia do
século 19, desestruturarmos toda a arquitetura da economia e do
patrimônio público do nosso país.
“As
pessoas ouvem os comentaristas da Globo
News e
passam a acreditar que todo o investimento público deve ser cortado
e toda empresa pública deve ser privatizada. Precisamos parar de
demonizar as coisas. Sem o investimento público o país não sai da
recessão”, ponderou Belluzzo, lembrando ainda que, para sair da
crise de 2008, os Estados Unidos investiram US$ 4 trilhões de
recursos públicos em bancos privados.
O
economista disse que o governo e os meios de comunicação prejudicam
a imagem dos bancos públicos dizendo que eles não são eficientes.
“Na verdade, os bancos privados querem se apropriar dos bancos e
fundos públicos para ampliar ainda mais sua capacidade de obter
lucros.”
“É
fundamental ampliarmos o debate sobre os bancos públicos para a
sociedade. Mostrar a importância e a eficiência que eles têm para
a implantação de políticas sociais e a contribuição que dão
para o desenvolvimento econômico e social do país. Essa é uma
argumentação que as pessoas conseguem entender”, explicou. “E
não se trata de uma defesa corporativa. Mas, de uma questão central
para que a economia do país consiga se recuperar. O mundo todo está
vendo que não há nenhuma possibilidade de inclusão sem as empresas
e os bancos públicos”, concluiu.