Empregados da Caixa vestem preto contra fatiamento do banco 100% público nesta sexta (26)

Bancários de todo o país realizam, nesta sexta-feira (26), um Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Em Pernambuco, o Sindicato dos Bancários orienta que os empregados vistam preto como forma de protesto contra a venda da Lotex, cujo leilão foi adiado para o dia 9 de maio.
O governo Federal e a diretoria da Caixa quer vender todos as operações mais rentáveis para reduzir o banco 100% público e prepará-lo para privatização. O desmonte da Caixa traz prejuízos à sociedade e aos empregados. 
“Para os empregados da Caixa, a privatização significaria de imediato a perda da estabilidade do emprego. Mas, também estamos preocupados com os prejuízos para população de baixa renda, pois o fatiamento do banco acabaria com a garantia de políticas sociais na área da habitação, da educação, do esporte e tantas outras que são realizadas com parte da arrecadação da Lotex”, afirma a secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Cândida Fernandes.
Segundo a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, a mobilização deverá ser intensificada na Caixa com o objetivo de denunciar o desmonte dos bancos públicos e também a retirada de direitos dos trabalhadores, como tentam impor com a proposta de reforma da Previdência. “Esse governo não está do lado dos trabalhadores, mas à serviço dos rentistas. Vamos defender a Caixa 100% pública para garantirmos o desenvolvimento social e econômico do Brasil”, destaca.
Em 2017, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões. Desse total, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do governo federal relacionados à seguridade social, à educação (Fundo de Financiamento Estudantil- Fies), ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e clubes de futebol), à cultura (Fundo Nacional da Cultura), à segurança (Fundo Penitenciário Nacional) e à saúde (Fundo Nacional de Saúde), o que corresponde a 37,1% do total arrecadado. Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%.
No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Já para o Fundo Nacional de Cultura os repasses foram de aproximadamente R$ 387 milhões.

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