
O novo cargo gerente de relacionamento & serviços – que contempla caixas, coordenadores e gerente de relacionamento PF–, criado pela direção do Santander para sufocar de trabalho e adoecer ainda mais os bancários, tem gerado insegurança para os funcionários.
Na prática, os ocupantes do cargo atendem todos os clientes, desde o caixa até segmentos gerenciais. A direção do banco alega “modernização e agilidade no atendimento”.
O presidente do Santander, Sérgio Rial, no programa “Café com Rial”, ameaçou demitir trabalhadores que mudaram de função, se não apresentarem a certificação CPA-10 até o mês de maio. A data de início das mudanças, as regras e as metas ainda não são claras para os trabalhadores e dirigentes sindicais.
“Os bancários estão preocupados com a sobrecarga de trabalho e pressão ainda maior por metas e cumprimento de tarefas. Esperamos que o Santander, banco que tem um lucro exorbitante, garanta condições de trabalho dignas aos funcionários”, afirma o secretário de Bancos Privados do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Expedito Solaney.
A direção do Santander desenhou a reestruturação à revelia dos trabalhadores e da negociação coletiva com entidades representativas, apesar de ter assinado um termo de compromisso, em 2018, no qual se compromete a discutir com os sindicatos qualquer alteração nas condições de trabalho.