Sem nomeação ainda
oficializada, o indicado para ser o novo presidente da Caixa
Econômica Federal, Pedro Guimarães, concedeu entrevista ao site O
Antagonista, na terça-feira (1º), durante a posse do presidente
Jair Bolsonaro. Na ocasião, ele confirmou que abrirá o capital das
operações de Cartões, Loterias, Asset e Seguros do banco.
A
afirmação aponta para a privatização de forma fatiada que,
conforme Guimarães, renderá “dezenas de bilhões de reais”. No
entanto, o assunto foi tratado de forma superficial, sem detalhamento
das operações.
A
presença de militares entre postos diretivos do banco público
também foi confirmada por ele. “Existe uma questão de governança
importante e a gente quer fazer toda análise do passado de quaisquer
problemas que por ventura existam, e ter os militares com a gente faz
todo sentido”, afirmou, sem detalhar o que seria concretamente essa
“análise do passado”, já que o banco passou recentemente por
auditoria e responde a vários canais de monitoramento.
Na
avaliação da presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco,
Suzineide Rodrigues, as afirmações de Guimarães são vagas e, no
que se refere à nomeação dos militares, não estão sendo levadas
em conta as normas legais e estatutárias que devem ser cumpridas.
“As declarações acima coloca o papel da Caixa sob risco, com
graves consequências para a população, para o desenvolvimento
econômico do País e para seus empregados. Sendo assim, devemos nos
manter mobilizados e fortalecidos para defender esse patrimônio
brasileiro”, alerta.