Bancários lutam em defesa do Ministério do Trabalho e da Previdência Social

O anúncio feito pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sobre a intenção de acabar com o Ministério do Trabalho (MT) provocou enorme indignação entre as entidades representativas dos trabalhadores. Embora o capitão tenha recuado, a proposta sinaliza para os ataques que o governo pretende desferir contra a classe trabalhadora. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco avalia que a medida resultaria em irreversível desequilíbrio nas relações entre capital e trabalho.
O MT, que em 26 de novembro completa 88 anos, tem como função fiscalizar, coibir e punir os abusos por parte dos empresários contra os trabalhadores. Ele também fiscaliza o trabalho escravo, que ainda ocorre entre cerca de 370 mil brasileiros, e combate o trabalho infantil. Além disso, fiscaliza o registro profissional, o cumprimento dos direitos como férias, 13º salário, coíbe a jornada abusiva, faz a gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e do Salário Desemprego.
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, a medida afronta a classe trabalhadora. “Cogitar o fim do MT deixa clara a intenção do novo governo de fragilizar as trabalhadoras e trabalhadores, e representa piora nas condições de trabalho”, afirma. 
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, manifestou a sua discordância e sua preocupação com a ameaça de retrocesso. “A disparidade de forças entre as classes empresarial e a trabalhadora atual já nos coloca em desvantagem. Com o fim do Ministério do Trabalho, pode ficar ainda pior”, alerta.

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