Sindicato destaca vitória contra abertura de capital da Caixa

Diretores
do Sindicato dos Bancários de Pernambuco estiveram reunidos, na
tarde da última terça-feira (26), com a Superintendência da Caixa,
destacando a grande vitória da categoria em favor da manutenção do
banco 100% público, diante da ameaça de abertura do capital do
banco. A pauta também incluiu a questão da jornada de trabalho, da
terceirização e dos critérios de transferência.

Representaram
o Sindicato, a presidenta, Suzineide Rodrigues, o secretário de
Administração, Geraldo Times, a diretora e funcionária da Caixa,
Terezinha Santiago, e o aposentado da Caixa Luiz Xavier. Os interlocutores foram o superintendente do
banco, Laércio Lemos e o gerente Administrativo, Waldemar Gomes.

Na
ocasião, os representantes da categoria destacaram os protagonistas
da luta em defesa da Caixa. “A nossa vitória é fruto de uma
grande mobilização do Sindicato, dos empregados, da Contraf-CUT, da
Comissão de Empregados da Caixa e de toda a sociedade brasileira”,
afirmou Suzineide.

Oportunamente,
a presidenta pontuou ainda algumas ações prioritárias para o
próximo ano, nesse campo. “A campanha em defesa dos bancos
públicos terá continuidade em 2018 com a participação dos
empregados e da sociedade porque defender os bancos públicos é
defender o Brasil. Precisamos também garantir a manutenção de
nossa CCT e dos aditivos específicos, já que se depender dos
banqueiros e do governo, a classe trabalhadora não terá mais nenhum
direito”, atacou.

A
agenda também incluiu um debate sobre a conjuntura do País e os
riscos de privatização dos bancos públicos e das demais empresas
estatais. No momento, os sindicalistas destacaram a atuação da
representante
dos empregados da Caixa no Conselho de Administração e coordenadora
do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita
Serrano,
que esteve presente durante todo o processo contra a abertura do
capital do banco.



Com
relação à jornada de trabalho da categoria, o Sindicato cobrou as
cláusulas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT),
argumentando que a solução para a extrapolação da jornada é a
contratação de mais empregados.

“Como
as agências não possuem um quantitativo adequado de profissionais
para dar
conta
do trabalho, normalmente existe um acúmulo de atividades, que
extrapola a carga horária. Por isso, defendemos a contratação de
mais empregados para a Caixa, ou seja, o ingresso imediato dos
concursados. Reafirmamos nosso posicionamento contrário a toda
substituição de empregados por terceirizados. Exigimos
que todas as horas extras devam ser pagas. Orientamos os empregados
para que não deixem de denunciar em caso de descumprimento da CCT e
do acordo específico da Caixa”,
declarou a diretora do Sindicato, Terezinha Santiago.


o secretário de Administração, Geraldo Times, questionou o banco
acerca dos critérios de transferências. A posição da
Superintendência da Caixa é de que essa é uma questão muito
pertinente e que o banco está fazendo um estudo científico, a fim
de agilizar o processo. “Muitas bancárias e bancários demandaram
queixas ao Sindicato. Exigimos que soluções eficazes e
transparentes sejam apresentadas com brevidade”, cobrou.

A
CCT tem validade até 31 de agosto de 2018. Caso os bancos não
cumpram os termos, o Sindicato assegura que realizará atos e greves.
“Que venha 2018, pois estamos preparados para continuar nas
trincheiras de luta em defesa do Brasil e dos direitos das bancárias
e bancários, sejam eles de bancos públicos ou privados”, concluiu
Suzineide.

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