Após 11 dias de uma denúncia gravíssima feita pelo diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef, Max Pantoja, publicada na revista Isto É, a Fundação ainda não se pronunciou sobre o assunto, que é de interesse dos participantes e assistidos.

A publicação semanal afirma que o diretor apresentou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF-DF) com uma série de supostas irregularidades cometidas por Joesley Batista, acionista da J&F, e José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, empresa que faz parte da holding J&F e que controla a maior empresa de alimentos do país, a JBS. Max é diretor eleito e indicado pela Funcef para o Conselho da Eldorado.

Ainda segundo a revista, Pantoja afirmou na denúncia que os fundos de pensão foram prejudicados, já que as ações da Eldorado foram vendidas com preços superestimados. Além disso, ele afirma ter havido pagamento de propina para que o esquema não fosse revelado.

Max alega que a denúncia foi pessoal. Porém, ele representa os interesses da Funcef. Independentemente da veracidade da denúncia, Pantoja é diretor da Fundação e atua no Conselho da empresa. Todos os envolvidos se pronunciaram de alguma forma, menos a Funcef. A questão precisa ser esclarecida aos participantes com urgência.

A Funcef está apoiando o diretor? Seu silêncio indica o oposto. Mas se está apoiando, como não se pronunciar? E se o fundo foi mesmo prejudicado, o participante tem o direito de saber o que a Funcef está fazendo a respeito. Mais uma vez a falta de transparência prejudica os participantes.