Funcionários do BB enfrentam dificuldades em realocação mesmo com vagas disponíveis

Os efeitos da reestruturação do Banco do Brasil (BB) já estão sendo sentidos em Pernambuco. Centenas de bancários que trabalhavam nas agências e postos de atendimento que foram fechados ou remodelados estão enfrentando sérias dificuldades para serem realocados mantendo os vencimentos que possuíam. Muitos aceitaram receber salários mais
baixos ou trabalhar em locais que geram prejuízos às rotinas pessoais.
Mais de 340 bancários aderiram ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), no Estado. Em teoria, essas vagas abertas seriam ocupadas mediante seleção que avaliaria a qualificação técnica dos candidatos. Além disso, mais de 280 funcionários perderam funções na reestruturação.
“A maioria deles não conseguiu ocupar vagas semelhantes em outras unidades, o que abre a suspeita de que indicações políticas podem se tornar, agora, rotina no banco”, afirma a secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano.
Uma bancária, que perdeu a comissão em decorrência da reestruturação e preferiu não ter o nome divulgado, conta que participou de vários processos seletivos e não obteve sequer resposta do banco. Como atualmente a remuneração
dela é inferior a que tinha, está recebendo a Verba de Caráter Pessoal (VCP). “Depois que o ‘esmolão’ acabar, vou perder cerca de 40% do meu rendimento. Agora que desci de cargo, posso ter que esperar mais dois anos para ter um ‘plus’ no salário”,diz. 
A carteira dela na antiga agência tinha resultados acima das metas estabelecidas pelo banco. Além disso, a funcionária tem diversos certificados que a habilita à função que ocupava e a galgar postos superiores.

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