GT debate Requalificação e Realocação Profissional

Na última
quarta-feira (8), o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban se
reuniram para debater os temas do Grupo de Trabalho Bipartite de
Requalificação e Realocação Profissional, em São Paulo. A
instalação do GT é uma conquistada da Campanha Nacional 2016, que
teve como uma das suas principais pautas, a defesa do emprego,
ameaçado pelas reestruturações e pelas novas plataformas digitais
dos bancos. O GT discute as medidas para a criação de centros de
requalificação e realocação de empregados, conforme cláusula 62
da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT 2016/2018.

Atendendo demanda da
primeira reunião do GT, realizada em janeiro, a Fenaban apresentou
documento com as atividades desenvolvidas pelos bancos para
requalificar funcionários a fim de que eles possam trabalhar nesse
novo ambiente tecnológico e organizacional.

“Identificamos que
muitos projetos só estão no papel e que falta transparência dos
bancos na divulgação das informações para os próprios
funcionários e para o movimento sindical”, critica a presidenta
do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, presente no encontro,
Suzineide Rodrigues.

Na oportunidade, o
Comando cobrou igualdade de oportunidades e democratização das
informações para todas as pessoas que estão no banco saibam as
vagas existentes, os locais e as funções. Exigiu transparência na
divulgação das habilidades, conhecimentos e talentos necessários
para cada vaga e função oferecida. E ainda reclamou transparência
e objetividade nos critérios de seleção interna, bem como a
garantia de que não exista nenhum tipo de discriminação nas
oportunidades.

Roberto von der
Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando
Nacional, afirmou que o GT ainda está numa fase inicial das
conversas. “Esperamos que a partir da próxima reunião, embasados
pelas sugestões que o Comando apresentou, a Fenaban já comece a
delinear a abrangência e os limites que um debate desta magnitude
pode alcançar. Queremos garantir que os bancários não sejam
demitidos por mudanças tecnológicas e organizacionais”, afirma.

Os representantes da
categoria cobraram também o compartilhamento da responsabilidade da
qualificação. “Os trabalhadores não podem ser os únicos
responsáveis por bancarem as atualizações de conhecimento impostas
pelos bancos. Evoluir tecnologicamente é bom, mas não pode ser o
motivo por milhares de demissões sem justa causa”, explicou o
presidente da Contraf-CUT.

A próxima reunião
do Grupo de Trabalho Bipartite de Requalificação e Realocação
Profissional será realizada no dia 15 de fevereiro.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi