Comitês em defesa do BB e da Caixa 100% Pública são criados por empregados dos bancos

Na noite do dia 26 foram lançados os comitês em Defesa da Caixa 100%
Pública e em Defesa do Banco do Brasil e Contra o Golpe, com empregados das
instituições financeiras e diretores do Sindicato. Antes mesmo do lançamento
político, uma assembleia geral definiu que os Bancários de Pernambuco poderão
aderir à Greve Geral que está sendo discutida pelas centrais sindicais e que
pode ser deflagrada entre os meses de agosto e setembro. O lançamento dos
comitês contou com a palestra do ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago.

 Os comitês terão a tarefa de planejar e realizar mobilizações em favor
das instituições financeiras e do seu papel social de desenvolvimento e
atendimento à população brasileira, além de combaterem os intentos de
privatização e redução do papel social da Caixa e do Banco do Brasil.

 Cada um de vocês, hoje, de banco público, têm o compromisso e a
consciência de que é necessário defender as políticas inclusivas dessas
instituições, porque a intenção é reduzir o papel do BB e da Caixa. “A intenção
é interromper o desenvolvimento do país, impedindo os financiamentos realizados
pelo BNB e BNDES”, analisou Suzineide Rodrigues, presidenta do
Sindicato. 

 Em sua palestra na abertura dos comitês, Paulo Rubem analisou que os
erros acumulados da esquerda no poder central resultaram nas condições
favoráveis para que ocorresse o golpe político e a posse do poder pelo governo
interino de Michel Temer. Para ele, houve “passividade, subestimação e
visão turva das alianças não terá predominado nesses 13 anos de governos sob a
hegemonia do PT”.

 Rubem lembra que o crédito para grandes incorporações e desonerações
financeiras possibilitaram uma trégua das grandes corporações contra o governo
de orientação progressista. Mas as condições da economia mundial possibilitaram
o agravamento da crise também no Brasil e abriu a possibilidade da tomada do
poder por um governo, ilegítimo e de orientação reacionária e antipopular.
“O crescimento dos agressores em articulação com a maioria da mídia
conservadora e os interesses dos mercados para isolarem o governo”, disse.

 Para e ex-deputado, a luta dos sindicatos, dos movimentos populares e da
população contra as medidas antipopulares do governo interino será o antídoto
para barrar perdas de direitos, retrocessos e empobrecimento da população.

 GREVE GERAL

 Os Bancários aprovaram por unanimidade a adesão da categoria, em
Pernambuco, a uma Greve Geral no Brasil, que está sendo discutida pelas
centrais sindicais. Nas falas dos presentes, fortaleceu-se o consenso de que
estamos em um momento de aguda crise nacional e de um recrudescimento dos
ataques às conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras. 

 “Hoje o Brasil está à mercê de um golpista e de uma quadrilha no
Senado, no Congresso e os banqueiros mandando nesse país. Então, tomamos uma
decisão política importante hoje, que é a Greve Geral”, analisou Suzineide
Rodrigues, presidente do Sindicato.

 O advogado e bancários da Caixa, Tony Guerra, lembrou na plenária que
toda a conta da crise está sendo direcionada para o bolso dos trabalhadores.
“A Greve Geral não é qualquer protesto, é um recado sério de que os
trabalhadores desse país vão reagir às medidas terríveis que estão sendo
implantadas contra eles”, disse, lembro que uma última greve geral só
ocorreu no governo de Fernando Henrique Cardoso e que o gesto conseguiu barrar
legislações neoliberais que ameaçavam direitos naquela época. Depois de Tony,
muitos companheiros e companheiras também expressaram a necessidade de a classe
trabalhadora demonstrar força e união por meio de uma greve em todos os
setores.

 Os Bancários vão acompanhar plenárias e discussões na construção da
Greve Geral, que deve ter início em torno das datas base de grandes categorias
como a dos bancários, petroleiros, metalúrgicos, educação, dentre outros.

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