Sindicato exige pagamento de direitos dos bancários do Banco Azteca, em liquidação extrajudicial

Os bancários do Banco
Azteca estão vivendo um verdadeiro drama. No último dia 8, o Banco
Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição
financeira mexicana, cuja sede brasileira fica no Recife. Desde
então, os dezenove funcionários do banco ficaram sem garantia
alguma de que vão receber seus salários e verbas rescisórias nem
de quem vai realizar esses pagamentos.

O Sindicato está
acompanhando de perto o problema dos bancários do Banco Azteca.
Segundo o diretor do Sindicato, Alan Patrício, a entidade está
dando assistência aos trabalhadores e já acionou a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego e o interventor designado pelo Banco
Central do Brasil.

“Conseguimos marcar para o próximo dia 3
uma reunião de mediação, na Superintendência Regional do Trabalho
e Emprego, com o interventor designado pelo Banco Central, que é o
responsável pela liquidação do Banco Azteca. O objetivo do
encontro é garantir o pagamento dos salários e das verbas
rescisórias dos funcionários do banco mexicano”, explica
Alan.

Sindicato em ação – O
Sindicato tem se reunido cotidianamente com os funcionários do Banco
Azteca para se inteirar da situação. Seis dos dezenove funcionários
já receberam a comunicação de demissão enviada pelo interventor
designado pelo Bacen. Entre os trabalhadores, há dois vinculados à
holding EKT, da qual o banco faz parte, que exerciam atividades
bancárias.

“Os funcionários estão sendo orientados pelos
gestores a procurar os controladores do banco, que nem estão mais no
Brasil. Isso é absolutamente sem sentido. É responsabilidade da
Justiça brasileira garantir a efetivação dos direitos
trabalhadores, que é a parte mais frágil e prejudicada nessa
situação”, explica Alan Patrício, que está acompanhando o
caso.

O Sindicato procurou o interventor designado pelo Banco
Central, e ele reiterou a posição de que os salários e as verbas
rescisórias dos funcionários do banco deveriam ser pagos pelos
controladores mexicanos. Seriam liberados apenas os seguros
desempregos e os saldos do FGTS dos trabalhadores.

Diante
disso, o Sindicato solicitou à Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego a mediação para tentar solucionar o problema. “É
responsabilidade do Banco Central do Brasil fiscalizar as atividades
das instituições financeiras aqui desenvolvidas. Os operadores do
banco Azteca saíram do Brasil sem cumprir suas obrigações
trabalhistas. É ilegal e inaceitável os trabalhadores brasileiros
não terem garantia alguma de que serão pagos pelos serviços que
prestaram aos banqueiros mexicanos”, afirma o secretário de
Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino.

“Esperamos
que, nessa
reunião na SRTE,
possamos garantir o pagamento dos trabalhadores. Mesmo
porque sabemos
que o banco mexicano em
liquidação possui
recursos suficientes para saldar suas
dívidas com os trabalhadores”, completa Rufino. 

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