Os bancários do Banco
do Brasil de Pernambuco realizam mais um protesto nesta quarta-feira
(27) contra a reestruturação da Visin (Vice-Presidência de
Serviços, Infraestrutura e Operações). O ato foi definido na noite
desta segunda-feira (25), durante reunião realizada pelo Sindicato
com os funcionários envolvidos na reestruturação.
O
protesto será realizado das 9h às 11h, em frente ao Palácio do
Governo, no Recife. A ideia é chamar a atenção do Governo do
Estado para o esvaziamento do BB em Pernambuco com a transferência
de importantes serviços para o Sudeste.
“A nova
reestruturação do BB não prejudica apenas os bancários. Recife
vai ser uma das praças mais afetadas com a mudança, que visa
centralizar muitos serviços em outras regiões. Com isso, o povo
pernambucano também sai perdendo”, explica a presidenta do
Sindicato, Suzineide Rodrigues. Ela diz que, além de organizar a
luta para pressionar o banco a cancelar a reestruturação, o
Sindicato também deve agir em outras frentes, inclusive a via
judicial.
Segundo o secretário de Bancos Públicos do
Sindicato, Renato Brito, há três anos o Banco do Brasil iniciou
outra reestruturação, nos Centros de Suportes Operacional e
Logístico (CSO e CSL), que também retirava serviços de Pernambuco
e causava prejuízo aos bancários (leia mais).
“Na época, o Sindicato
realizou uma série de protestos, manifestações e paralisações
contra a reestruturação. Procuramos até o governador Eduardo
Campos, que cobrou explicações do BB. Nossa pressão surtiu efeito,
e o Banco do Brasil recuou. Além de manter a remuneração e os
direitos dos bancários, o BB assumiu o compromisso de manter o
número de empregados nos dois centros e o volume de serviços
realizados aqui. Mas essa nova reestruturação rasga o compromisso
assumido em 2013, já que serviços serão retirados do CSL e
bancários serão transferidos”, explica Renato.
A
secretária-geral do Sindicato, Sandra Trajano, destaca que o
principal objetivo do Sindicato é garantir a suspensão da
reestruturação e a abertura de negociações com o BB para discutir
o tema, que envolve milhares de pessoas. “Já cobramos a suspensão
dessa reestruturação, que está sendo realizada à toque de caixa e
sem qualquer diálogo com o movimento sindical. O BB negou e só se
comprometeu a manter os funcionários envolvidos na reestruturação
em suas respectivas cidades. No Recife, são oitenta bancários que
podem perder a comissão, que representa a metade do salário”, diz
Sandra.
As mudanças que o BB pretende fazer na Visin envolvem
cerca de 17 mil funcionários em todo o país. Além do Recife, a
reestruturação também atingirá, em maior escala, as praças de
Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba,
Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Ribeirão
Preto, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. As mudanças envolvem
as áreas de logística, operações e plataforma do PSO e setor dos
caixas das agências.
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