Em reunião realizada
nesta terça-feira (19), em Brasília, os sindicatos cobraram do
Banco do Brasil respostas referente aos pontos pendentes da última
mesa de negociação sobre os problemas da Cassi. Entre outros
pontos, os representantes do BB garantiram que o atendimento aos
associados da Cassi será totalmente preservado, eventuais problemas
de caixa serão resolvidos e que todos os programas em vigor serão
mantidos, como distribuição de medicamentos, atendimento domiciliar
e tratamento de doentes crônicos.
Para a secretária-geral do
Sindicato, Sandra Trajano, as negociações com o BB sobre os
problemas da Cassi tem avançado bem. “Conseguimos garantir alguns
pontos que, para os bancários, são fundamentais. Entre eles,
mantivemos o princípio da solidariedade na Cassi, o investimento no
Modelo de Atenção Integral à Saúde pelo Estratégia Saúde da
Família, e garantimos o atendimento para ativos, aposentados,
dependentes e pensionistas e a corresponsabilidade entre BB e
associados”, enumera Sandra, que é bancária do BB.
O
secretário de Bancos Públicos do Sindicato, Renato Brito, destaca
que o próprio banco reconheceu que houve avanços na mesa de
negociação. “As reuniões com o BB têm sido produtivas e
sinalizado, sempre, em favor dos associados da Cassi. Conseguimos
garantir os direitos dos participantes, mas agora precisamos garantir
a sustentabilidade de longo prazo da Cassi”, diz Renato, que é representante de Pernambuco no Conselho de Usuários da Cassi.
Avanços
– Durante a reunião dessa terça, os representantes do BB
também descartaram a possibilidade de alterar, neste momento, o
plano de custeio e o estatuto da Cassi para aumentar as contribuições
dos associados e do banco. O Plano de Associados terminou o exercício
de 2015 com déficit, consumindo parte significativa das reservas
livres.
Para reduzir o impacto dessa situação, a Cassi
deverá fazer um trabalho interno proposto pela direção do BB e
poderá adotar algumas práticas para solucionar o déficit atual.
Essas medidas serão feitas em comum acordo com os diretores eleitos
pelos associados e passarão por todos os trâmites da governança
corporativa da caixa de assistência.
Outro trabalho interno
da Cassi a ser feito conjuntamente pelos dirigentes eleitos e
indicados, é o começo da implantação das medidas estruturantes
propostas pelos eleitos e defendidas pelo movimento sindical. As
propostas foram referendadas pelo Congresso dos Funcionários do
Banco do Brasil.
Na primeira fase serão priorizadas a
regulação e os controles para administrar os custos sem precisar
onerar os associados. Após essa fase inicial, serão aplicados todos
os esforços conjuntos para implementação efetiva do modelo
assistência do Estratégia Saúde de Família, conforme proposto
pelos eleitos. Vencida essa etapa emergencial, ficará mais claro se
há ou não necessidade de rever o custeio do Plano de
Associados.
Decisão correta – A Contraf e sindicatos
reforçam que a recusa em aceitar aumento de contribuição dos
associados em até 54% foi uma decisão correta. Conforme os
sindicalistas argumentam, primeiro é preciso que a Cassi adote as
medidas estruturantes já debatidas, que podem gerar economia de
despesas sem atrapalhar o atendimento. E principalmente o banco deve
se comprometer com os projetos dos eleitos sobre Modelo de
Atendimento Integral de Saúde, por meio do Estratégia Saúde da
Família, conforme proposto e defendido pelo movimento sindical.