Aconteceu nesta
quinta-feira, dia 17, o 53º assalto a banco do ano em Pernambuco.
Este foi o segundo assalto à agência do Banco do Brasil da Cidade
Universitária neste ano. O primeiro ocorreu há apenas quatro meses
e meio (leia mais). No ano passado inteiro, Pernambuco sofreu
16 assaltos a bancos, menos que o triplo das estatísticas de
2015.
Logo após o carro-forte abastecer a agência e pouco
tempo antes do início do atendimento ao público, os assaltantes
destruíram a porta de vidro de entrada para pessoas com deficiência,
e os sete bandidos entraram na agência.
A investida foi
violenta. Os assaltantes deram um tiro para cima assim que entraram.
Eles renderam os vigilantes e levaram os celulares e as armas deles.
Não conseguiram levar dinheiro do agência, pois já estava no
cofre.
“Cerca de 20 bancários estavam presentes no momento
do assalto. A abordagem foi atemorizante. Os trabalhadores estavam
muito abalados”, conta o secretário de Assunto Jurídicos do
Sindicato, João Rufino, que é representante do Coletivo Nacional de
Segurança Bancária e esteve no local com o também diretor do
Sindicato, Sérgio Guimarães.
“Além do impacto do assalto,
a tensão constante também é agressão. Essa agência foi assaltada
outra vez, neste ano, com o mesmo modus operandi:
quebra de vidraças. Ainda
assim, a Fenaban não cumpre a determinação da
lei municipal de colocar
vidros blindados nas
agências,
e a Prefeitura do Recife não fiscaliza
e não
pune as
irregularidades”,
reforça Rufino.
O delegado sindical da agência procurou o Sindicato para
propor uma ação de sensibilização dos bancários sobre a
necessidade de mais segurança nos
bancos e a importância do tratamento médico após traumas ocorridos
no ambiente de trabalho.
“Conversamos
com a psicóloga da Cassi sobre a
importância do
atendimento
coletivo, além do
individual, para todas
as vítimas de assaltos nas
agências: os trabalhadores
das diversas categorias (bancários, vigilantes,
estagiários, menores aprendizes e
equipe da limpeza), clientes
e usuários”, explica Rufino.
A equipe de acompanhamento
médico da Cassi chegou ao local logo após o assalto.
“Nos
casos de assalto, o banco é responsável pelo tratamento médico de
todas as pessoas que estavam presentes”, completa
o diretor. Após o assalto ocorrido no Santander da Iputinga, nessa
quarta, dia 16, a copeira da agência foi
hospitalizada, e uma cliente do Itaú
de Piedade
também teve problemas de
saúde após sofrer o assalto.
A agência
do BB da Cidade Universitária permanecerá fechada, até que os
itens de segurança sejam reparados e os bancários sejam
considerados aptos a retornar ao trabalho.