Mobilização dos bancários garante manutenção da Caixa 100% pública

Depois de muita
pressão, o governo finalmente cedeu e anunciou que a Caixa Econômica
Federal vai continuar 100% pública. Em entrevista coletiva concedida
nesta quarta, dia 8, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a
presidenta da Caixa, Miriam Belchior, anunciaram que o banco não
terá seu capital aberto.

Para a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello, esta é uma importante vitória da luta dos
bancários. “Foram mais de três meses de muitos protestos,
mobilização, pressão, reuniões com lideranças políticas… Com
muito trabalho, conseguimos garantir que a Caixa continue 100%
pública e voltada para o desenvolvimento econômico e social do
Brasil”, diz Jaqueline, que é empregada da Caixa.

Na
coletiva, Levy afirmou que “a Caixa Econômica continuará sendo
uma empresa 100% pública, mas a atividade de seguros que hoje já
tem sócios privados nós vamos modificar”. Segundo ele, os
estudos terão como parâmetro a abertura de capital do BB
Seguridade.

“Nós temos uma avaliação que o negócio de
seguridade tem um enorme potencial futuro, muito pelo momento que o
país vive, com aumento de renda. A Caixa quer estar bem posicionada
para aproveitar esse momento”, disse por sua vez na entrevista a
presidenta da Caixa, Miriam Belchior.

Mobilização –
No final de dezembro, o governo federal anunciou sua intenção de
abrir o capital da Caixa. Desde então, os sindicatos e as entidades
representativas dos bancários iniciaram uma campanha pela manutenção
da Caixa 100% pública.

“Não poderíamos deixar que o
governo vendesse o único banco 100% público do país”, afirma
Jaqueline. “Iniciamos uma campanha forte, com a realização de um
seminário e a organização de uma série de protestos em Pernambuco
e em todo o Brasil. Nos articulamos com lideranças políticas, fomos
até Brasília para protestar, criamos peças publicitárias para
chamar a atenção da sociedade… Enfim, foram mais de três meses
de luta, mas conseguimos preservar este importante patrimônio do
povo brasileiro”, diz.

Para a secretária de Finanças do
Sindicato, Suzineide Rodrigues, a Caixa é de extrema importância
para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “Se o capital
do banco fosse aberto, os programas sociais estariam todos em risco,
porque o lucro seria colocado em primeiro lugar”, comenta Suzi.

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