A
Contraf-CUT e
os sindicatos voltaram
a cobrar da Caixa mais
rapidez no processo de
contratações. A
cobrança foi feita nesta terça-feira, dia 31, durante a retomada
das
negociações com
o banco,
em Brasília. A empresa não informou como serão feitas as
convocações dos concursados e como pretende repor as vagas dos
trabalhadores que vão sair do banco pela adesão ao Plano de Apoio à
Aposentadoria (PAA) até o dia 29 de maio.
Para
a secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva, a postura
da Caixa na primeira rodada de negociação do ano não foi nada boa.
“A falta de bancários nas agências e departamentos da Caixa é
absurda e vai piorar ainda mais com a saída de muitos empregados
pelo PAA. Na Campanha Nacional do ano passado, depois de muita
pressão dos bancários e de uma forte greve, a Caixa se comprometeu,
no acordo coletivo, a
contratar mais 2 mil empregados até o
final deste ano. Mas o ritmo de contratações está absurdamente
lento e a Caixa precisa acelerar – e muito – o processos de
convocação dos concursados”, explica Anabele, que representou os
bancários do Nordeste na negociação nacional.
Segundo dados
repassados pelo banco na mesa de negociação, nos
dois primeiros meses deste ano ocorreram 417 contratações e 146
desligamentos. Os
representantes dos bancários alertaram que a
falta de pessoal tem acarretado outros problemas, como
o
não pagamento de horas extras e fraudes no cumprimento da jornada de
trabalho. “E
o pior é que a Caixa tem dotação
orçamentária nas unidades para pagar horas extras. Durante
a negociação, cobramos o
respeito
à
jornada de trabalho, inclusive
para os gerentes que registram
o ponto,
além do pagamento de toda hora extra”, conta Anabele.
Promoção
por mérito –
Na
primeira negociação permanente de 2015, outros temas foram
discutidos. Um deles foi a promoção por mérito. A Contraf e a
Caixa ratificaram a sistemática construída pela comissão paritária
do Plano de Cargos e Salários (PCS). As discussões começaram no
dia 28 de janeiro e foram encerradas nesta terça-feira (30).
O
novo modelo de promoção por merecimento traz avanços
significativos para os trabalhadores como a conquista de um delta com
40 pontos, 10 a menos que na sistemática anterior. Outros avanços
foram a pontuação extra de 10 pontos e a valorização dos
critérios subjetivos, que asseguram maior participação da
categoria no processo de distribuição dos deltas.
A
sistemática terá pontuação máxima de 70. Os critérios objetivos
serão distribuídos da seguinte forma: 20 pontos pela conclusão de
30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco pontos pela
participação no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) e 15 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto
Eletrônico (Sipon).
O extra de 10 pontos será dado para
iniciativa de auto-desenvolvimento. A Caixa assegurou que não haverá
exigências de cursos. Ou seja, contarão os cursos que o empregado
fizer.
A sistemática é composta ainda por critérios
subjetivos que contam 20 pontos. Cada empregado poderá indicar de
dois a oito empregados da sua unidade (preferencialmente da sua
equipe) que atendam os critérios de avaliação como relacionamento
no ambiente de trabalho e contribuição para a solução de
problemas.
O número de indicações variará em função do
tamanho da unidade, e a distribuição dos 20 pontos vai variar em
função do número de indicações recebida por cada
empregado.
Saúde
Caixa –
Permanece
o impasse sobre a destinação do superávit do Saúde Caixa. O
assunto foi levado à mesa de negociação, porque não houve
consenso no GT criado para formular uma proposta. Enquanto os
representantes dos empregados defendem uma proposta que garanta o uso
do excedente de 2014 ainda este ano, o banco quer priorizar a
utilização do superávit acumulado.
A Caixa se comprometeu a
fornecer as informações solicitadas pela assessoria das
representações dos trabalhadores. Os dados disponibilizados até
agora são considerados insuficientes para balizar uma sugestão que
aponte para a melhoria do Saúde Caixa. Os debates no GT vão
prosseguir.