O Sindicato acionou o
Ministério Público nesta terça-feira, dia 17, para denunciar
falhas na segurança das agências bancárias do Recife e Região
Metropolitana. “Estamos solicitando a realização de audiência
com a presença do Sindicato, dos representantes dos bancos, da
Polícia e dos poderes públicos para resolver o problema”, afirma
o secretário de Formação do Sindicato, João Rufino, que é
representante do Nordeste no Coletivo Nacional de Segurança Bancária
da Contraf-CUT.
Segundo ele, foi entregue ao MP um relatório
com levantamento dos problemas de segurança nas agências. A
reivindicação de vidro blindado é um dos principais pontos.
Nenhuma unidade bancária tem este tipo de proteção e isso tem se
revelado um dos maiores facilitadores dos assaltos, já que boa parte
deles acontece com a quebra das vidraças pelos assaltantes.
>> Assaltos a bancos triplicam em Pernambuco em 2015
Existem, ainda, duas agências do Itaú na capital que não
têm portas de segurança: a do Shopping Recife e a da Avenida
Domingos Ferreira. Esta última funciona sem sequer a presença de
vigilante.
“São agências de negócios. Mas ambas têm caixas
eletrônicos. Ou seja, há movimentação de numerário. Na Domingos
Ferreira, são três e na do Shopping, dez caixas eletrônicos. Ou
seja, por elas circulam um volume de R$ 900 mil e de mais de R$ 1
milhão. E os bancários e clientes que estão no local não podem
ficar desprotegidos”, denuncia Rufino.
Há também
irregularidades momentâneas causadas por depredação ou quebra de
equipamentos. É o caso do Banco do Brasil da Avenida Norte que,
desde a tentativa de assalto de janeiro, permanece com problemas na
porta (leia mais). Durante a investida, houve troca de tiros e o vidro de entrada
foi destruído. “Algo que não ocorreria se os vidros fossem
blindados”, acrescenta Rufino.
Em dois anos, a agência do
BB na Avenida Norte foi assaltada quatro vezes e o trauma da última
ocorrência, bastante agressiva, ainda persiste entre os
funcionários.