Em reunião realizada
na tarde desta quinta-feira (26), na sede do BNDES, no Rio de
Janeiro, a Contraf-CUT e os sindicatos retomaram a mesa de negociação
com o banco, com o propósito de tratar do fechamento do Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT) de 2014, ainda sem solução. A última
rodada havia ocorrido em 16 de dezembro do ano passado, quando os
representantes do BNDES reafirmaram a mesma proposta rejeitada pelas
assembleias dos funcionários.
Agora, com a confirmação da
permanência à frente da instituição do professor Luciano
Coutinho, o BNDES trouxe uma nova formulação para a cláusula 25
que trata da implantação da GEP Carreira. Segundo o secretário de
Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, a
diferença apresentada é que a nova formulação não entra no
conteúdo do que será a proposta final para o GEP Carreira, que será
objeto de outro acordo.
“Esse era um dos grandes
problemas na proposta apresentada nas negociações anteriores e foi
motivo de rejeição porque, ao longo dos últimos anos, o BNDES
apresentou textualmente uma série de avanços para o novo plano de
carreira, acordou por diversas vezes em acordos coletivos a sua
implantação, porém não cumprindo nenhum dos prazos. Para piorar,
a última formulação da proposta rejeitada alterava
consideravelmente o que já havia sido acordado, além de remeter
toda a discussão de novo para o campo das promessas. Obviamente, o
corpo funcional não aceitou”, destaca Miguel.
O diretor
da Contraf-CUT salienta, no entanto, que esse era apenas um dos
impasses. “Continuamos com os problemas referentes à extinção
da cláusula do Pagamento da Gratificação Salarial Extraordinária
e à diferenciação da aplicação dos índices econômicos
definidos aos demais bancos públicos. Ou seja, o BNDES em sua
proposta aplica 8,5% de reajuste nos pisos e não 9%, como também
aplica 8,5% nos tíquetes refeição e não 12,2% como ocorreu para
todos os demais bancários em 2014”, explica.
Agora, os
sindicatos vão analisar os impactos dessa nova formulação para o
GEP Carreira e depois irão convocar novas assembleias dos
funcionários para a apreciação e deliberação da proposta, com a
mudança apresentada.