Apesar do lucro, Itaú quer aumentar custo do plano de saúde aos bancários

Em reunião realizada
nesta segunda-feira, dia 1º, o Itaú apresentou aos sindicatos
proposta com alterações no plano de saúde dos funcionários. De
forma geral, o banco aumenta os custos para os trabalhadores.

Para
os representantes dos bancários, um dos principais pontos negativos
na proposta é a mudança da filosofia de cobertura do plano. O novo
modelo torna o plano individualizado, diferente do padrão familiar
que foi aprovado pelos funcionários em 2010.

Para o diretor
do Sindicato João Rufino, a proposta apresentada pelo banco é muito
ruim. “O Itaú tem lucro bilionário, mas quer repassar para os
funcionários um custo injusto para o plano. Injusto porque a
coparticipação para exames e outros procedimentos dos funcionários
vitimas de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho será de
responsabilidade dos bancários, que, neste caso, adoecem por causa
da empresa”, diz Rufino, que representou os bancários do Nordeste
na reunião nacional com o Itaú.

Outro fator negativo é a
criação de dois modelos de plano que, na prática, segrega os
funcionários que hoje estão na ativa dos que forem contratados a
partir da vigência do plano proposto. “Além disso, o banco não
apresentou estudo atuarial do plano, que garantiria transparência na
negociação”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da
Contraf-CUT.

Segundo Rufino, os sindicatos vão brigar contra
as alterações no plano.

PDV – O Itaú apresentou na
semana passada um PDV (Plano de Demissão Voluntária) para os
assessores operacionais das áreas empresariais EMP II (varejo) III e
IV. Durante a reunião desta segunda, os representantes do banco
garantiram que o prazo de adesão vai até junho de 2015 e que estão
elegíveis 1.400 empregados em todo o país, dos quais 500 já teriam
sido realocados. Eles garantiram ainda que os funcionários que gozam
de qualquer tipo de estabilidade não deverão ser procurados pelos
gestores para adesão ao PDV.

Os sindicatos ressaltam que os
funcionários não devem aceitar pressão dos gestores, que estão
afirmando que o prazo de adesão se encerraria em 3 de dezembro.  

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