A
Contraf-CUT e os sindicatos retomam nesta segunda-feira, dia 24, às
15h, a mesa temática de Segurança Bancária com a Fenaban, em São
Paulo. Trata-se da primeira reunião após o final da Campanha
Nacional dos Bancários 2014.
O diretor do Sindicato João
Rufino destaca que o objetivo desta primeira negociação é retomar
as discussões sobre as reivindicações que não foram atendidas
durante a Campanha. “Temos uma série de demandas para melhorar a
segurança dos bancos e vamos pressionar por avanços”, comenta
Rufino, que participa das negociações como representante dos
bancários do Nordeste no Coletivo Nacional de Segurança Bancária
da Contraf-CUT.
Insegurança
– Na
última quarta-feira, dia 19, a Polícia Federal multou 16 bancos em
R$ 7,406 milhões por falhas na segurança de agências e postos de
atendimento bancário (leia aqui).
O Itaú foi banco mais punido, com multas de R$ 2,388 milhões,
seguido do Bradesco com R$ 1,855 milhão, do Banco do Brasil com R$
1,330 milhão, do Santander com R$ 964 mil, da Caixa Econômica
Federal com R$ 419 mil e do HSBC com R$ 208 mil.
“Essas
multas milionárias mostram que os bancos não estão nem aí para a
vida de seus funcionários e clientes. As instituições financeiras
continuam descumprindo as medidas que os sindicatos têm lutado há
anos como forma de garantir a segurança nas agências. É um descaso
absurdo e, muitas vezes, fatal”, comenta Rufino.
Mortes
– A
última pesquisa nacional sobre mortes em assaltos envolvendo bancos,
elaborada pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes
(CNTV), apurou 32 assassinatos no primeiro semestre de 2014, uma
média de 5,33 vítimas fatais por mês, o que representa aumento de
6,7% em relação ao mesmo período de 2013, quando foram registradas
30 mortes. Desde os primeiros seis meses de 2011, o crescimento foi
de 39,1%. Em todo o ano passado ocorreram 65 mortes.
“As
multas e as mortes em assaltos envolvendo bancos são indicadores de
que os bancos têm que tratar com mais responsabilidade a segurança
dos estabelecimentos, cumprir a legislação e investir mais em
medidas de prevenção para proteger a vida de trabalhadores e
clientes”, salienta Ademir Wiederkehr, secretário de Imprensa da
Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança
Bancária.