Em
ato promovido pelo Sindicato nesta segunda, dia
10,
em frente ao edifício Capiba do
Banco do Brasil,
os funcionários mostraram que estão dispostos a lutar contra a
reestruturação das Gecex (Gerências Regionais de Comércio
Exterior).
Os funcionários do setor paralisaram os serviços
durante duas horas e se dirigiram ao prédio onde funciona o CSO e a
Superintendência. O protesto contou com a solidariedade de
trabalhadores de diferentes setores e departamentos, que questionaram
mais uma reestruturação arbitrária efetuada pelo banco.
A paralisação, orientada pela Contraf-CUT, foi realizada em outras cidades do país envolvidas no processo de reestruturação.
>> Veja a galeria de fotos da paralisação
As
mudanças nas Gecex provocarão fechamentos do setor em algumas
cidades e prejuízos aos funcionários, com perdas de salários e
obrigação de mudança de localidade. Em Pernambuco, a
reestruturação atinge doze funcionários.
Segundo a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o Sindicato tem atuado em
duas frentes. A primeira batalha é pela suspensão imediata do
processo. Para isso, os sindicatos e a Contraf-CUT (Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) já encaminharam
ofício à direção do banco (veja aqui).
Em
negociação realizada no dia 28 de outubro, o banco informou aos
sindicatos que as alterações provocarão uma redução total de 90
vagas nas Gecex. O objetivo é centralizar as atividades em São
Paulo (que terá mais 220 vagas), Curitiba (120 vagas) e Belo
Horizonte (90 vagas).
“Mais
uma vez, o banco retira serviços do Norte-Nordeste para
centralizá-los no Sul e Sudeste. Desta forma, caminha na contramão
do crescimento e dos investimentos que vêm
sendo feitos no Nordeste”, afirma Jaqueline. Segundo ela, o
Sindicato também já está buscando articulação com parlamentares
e com o governo do estado para interferir nesta luta.
A secretária de Assuntos da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, que é bancária do BB, conta que a segunda frente
de batalha
é para garantir
que nenhum trabalhador seja
prejudicado com a reestruturação, nem com transferências
arbitrárias nem com perdas salariais.
“Os bancários estão inseguros, sem saber do futuro. Infelizmente, essas reestruturações que o banco tem feito sem negociar com os sindicatos tem criado um clima de terror nas unidades envolvidas”, comenta Sandra.