Santander frustra funcionários em nova rodada de negociação

O Santander, mais uma
vez, frustrou os funcionários ao apresentar uma nova proposta para o
Acordo Coletivo que não atende as reivindicações. Em negociação
realizada nesta quinta-feira, dia 6, os representantes dos bancários
rejeitaram a proposta na hora. Nova rodada foi agendada para a
próxima quinta-feira, dia 13, quando também será discutido o
Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

A
dirigente sindical Tereza Souza, que representa os bancários do
Nordeste nas negociações com o Santander, destaca que os
funcionários precisam pressionar o banco para garantir avanços.
“Estamos organizando protestos nacionais para a semana que vem, num
Dia de Luta que visa aumentar a pressão sobre o Santander. Queremos
uma proposta decente na próxima rodada de negociações”,
afirma.

Segundo Tereza, o Santander acaba de divulgar o
balanço dos três primeiros trimestres do ano com lucro de R$ 4,328
bilhões. “Ou seja, o banco têm totais condições de atender as
reivindicações dos funcionários. Sem falar que os bancários
merecem ser valorizados com um acordo que contemple nossas demandas.
Queremos acabar com as demissões imotivadas no Santander, proteger o
emprego e melhorar as condições de trabalho, de saúde e de
previdência. São questões fundamentais para fecharmos um acordo”,
diz Tereza.

Proposta insuficiente – O Santander
praticamente reafirmou a proposta feita nas rodadas anteriores, que
traz somente adequações em cinco cláusulas do acordo aditivo
vigente. A única novidade foi a mudança na concessão das 2.500
bolsas de estudo para primeira graduação e pós. Após a pressão
dos dirigentes sindicais, o banco recuou do congelamento das bolsas e
aceitou a aplicação do reajuste da categoria no valor de 50% da
mensalidade, hoje limitada a R$ 442,80, o que vinha sendo feito ano a
ano, exceto em 2013.

Os dirigentes sindicais cobraram também
a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando acabar
com as práticas discriminatórias de gênero, raça, idade,
orientação sexual e em relação às pessoas com deficiência. O
banco ficou de analisar.

A nova proposta do banco não prevê
nada para ampliar e proteger o emprego e melhorar as condições de
trabalho, nem avanços na saúde e na previdência complementar, além
de não atender às demais reivindicações econômicas e sociais dos
funcionários.

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