A Funcef apresentou
para os sindicatos nesta quinta-feira (30) uma proposta para
viabilizar a incorporação do REB pelo Novo Plano. A proposta, feita
durante a primeira reunião de negociação após a Campanha
Nacional, adota a metodologia elaborada por um grupo tripartite
formado por representantes da Fundação, Caixa e Previc
(Superintendência Nacional de Previdência Complementar).
Segundo
a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que é empregada da
Caixa, a incorporação do REB é uma importante reivindicação dos
bancários, que está sem solução desde 2008. “Este problema tem
gerado prejuízos aos bancários. Os sindicatos vão avaliar com
cuidado a proposta de incorporação do REB, que foi um dos
compromissos assumidos pelo banco durante a Campanha Nacional”,
diz.
Durante a reunião, o presidente da Fundação, Carlos
Caser, informou que a proposição já foi aprovada na semana passada
pela Diretoria Executiva da Funcef e será colocada em votação na
reunião do Conselho Deliberativo agendada para a próxima
quarta-feira, dia 5 de novembro.
A proposta será avaliada
pelos sindicatos, mas a metodologia apresentada pela Funcef atende
aos princípios defendidos pelas entidades representativas dos
empregados e aposentados, resguardando os direitos e obrigações dos
associados ao REB e ao Novo Plano.
Para os assistidos está
prevista uma redução na taxa de administração, e eles passarão a
ter direito ao Fundo de Revisão de Benefícios, existente no Novo
Plano. Já para os empregados ativos há perspectiva de melhores
benefícios.
Histórico – O REB foi criado em 1998,
época em que a Caixa vinha sendo preparada para a privatização
durante o governo FHC, para receber os primeiros técnicos bancários.
E já surgiu com direitos rebaixados. Graças às cobranças e às
mobilizações das representações dos trabalhadores, a Funcef criou
em 2006, após negociação com as entidades, o Novo Plano com mais
vantagens. Desde então, o movimento dos empregados defende a
incorporação do REB.
Em 2009, ocorreu o primeiro avanço. O
processo foi aprovado nas instâncias da Funcef (Diretoria e Conselho
Deliberativo) e da patrocinadora, a Caixa (Conselho Diretor e
Conselho de Administração), mas ficou parado nos órgãos
controladores.
Diante da pressão da categoria, os debates nos
dois órgãos foram retomados em abril deste ano pelo diretor eleito
da Funcef, José Carlos Alonso, com a criação do grupo tripartite,
a fim de buscar uma alternativa.