Em negociação
ocorrida nesta terça-feira (28), em Brasília, a Contraf-CUT e os
sindicatos debateram com o Banco do Brasil o processo de
reestruturação na Diretoria Corporate Bank (Dicor), envolvendo as
Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) e os
Centros de Suporte do Atacado (CSA). A nova reestruturação cortará
vagas em várias cidades, incluindo doze no Recife.
Logo no
início da reunião, os representantes dos funcionários repudiaram a
atitude do banco de realizar mais esta reestruturação antes de
dialogar com os sindicatos. “São processos que mexem com a vida
dos bancários e que precisam ser negociados com os sindicatos.
Infelizmente, o Banco do Brasil tem tomado atitudes unilaterais sem
pensar no seu corpo funcional”, comenta o secretário-geral do
Sindicato, Fabiano Félix.
Segundo os representantes do banco,
as alterações provocarão uma redução total de 50 vagas nos
prefixos de CSA e de 90 vagas nas Gecex, ao tempo em que serão
criadas novas dotações em São Paulo (220 vagas), Curitiba (120
vagas) e Belo Horizonte (90 vagas). A previsão é de conclusão da
reestruturação até março de 2015, sendo que algumas áreas já
serão afetadas em janeiro.
Os sindicatos cobraram do banco a
quantidade de cargos afetados em cada localidade e as respostas sobre
a obrigação de migração para o novo plano de funções. A
representação dos funcionários reivindicou o cumprimento do acordo
de que nenhum funcionário seja obrigado a migrar para o novo plano
com perda de salários.
Os dirigentes sindicais solicitaram
também ao banco um diálogo maior para que todos os atingidos sejam
realocados sem nenhuma perda salarial e que tenham garantia de
realocação.
Suspensão imediata da reestruturação –
Após a negociação, a Comissão dos Funcionários se reuniu e
tomou a decisão de encaminhar ao Banco do Brasil, através da
Contraf-CUT, um ofício com o pedido de suspensão imediata de todos
os processos de reestruturação, considerando que faltam garantias
aos trabalhadores.
Para o coordenador da Comissão dos
Funcionários, Wagner Nascimento, o BB parece não ter entendido que
a palavra mais falada pela presidenta Dilma após a sua reeleição
foi diálogo. “Esse diálogo não está havendo nos processos de
reestruturação. O banco quer apresentar aos trabalhadores pacotes
prontos em forma de comunicados, o que repudiamos”. Para ele,
ficou evidente que os problemas do mal estruturado plano de funções
ainda trarão muita dor de cabeça aos funcionários do BB.