Bancários comemoram a reeleição da presidenta Dilma Rousseff


Os bancários comemoram
muito a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), confirmada
neste domingo, dia 26. No final de julho, durante a Conferência
Nacional dos Bancários, a categoria definiu apoio à candidata
petista nessas eleições.

No final da tarde deste domingo,
dezenas de bancários compareceram à sede do Sindicato para
acompanhar a apuração dos votos. Quando a TV confirmou a vitória
de Dilma, por volta das 20h30, a sede do Sindicato virou um salão de
festas e as comemorações acabaram tomando a avenida Manoel Borba,
onde fica a entidade.

“Os bancários comemoraram muito a
reeleição de Dilma, sabíamos que a vitória de Aécio poderia
significar um grande retrocesso nos avanços conquistados nos últimos
anos pelos trabalhadores e pela população mais carente”, avalia a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Hora da cobrança
Passadas as eleições, Jaqueline diz que o Sindicato, agora,
vai cobrar do governo federal avanços nas discussões da pauta da
classe trabalhadora. “Conseguimos garantir a reeleição da
presidenta Dilma, que tem compromisso com os trabalhadores e com os
movimentos sociais. Agora, vamos cobrar mais avanços, ou mais
mudanças, como diz o slogan da campanha petista”, afirma
Jaqueline.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, diz que agora
é o momento de cobrar o governo e pressionar o Congresso pelo
atendimento da pauta trabalhista. Segundo ele, nesse próximo passo a
CUT terá a mesma dedicação que teve na eleição, por entender que
era o melhor para a classe trabalhadora. “Por isso a militância da
CUT foi às ruas”, acrescenta.

Para Vagner, o Brasil elegeu
uma presidenta progressista, mas elegeu um Congresso extremamente
conservador. “Vamos disputar agenda com o governo. Mesmo na
coalizão da presidenta Dilma há muitos conservadores. Serão quatro
anos de caravanas a Brasília”, diz.

Ele dá o exemplo,
entre outros itens da pauta, a redução da jornada de trabalho para
40 horas semanais sem redução de salário, o fim do fator
previdenciário e o “enterro” do Projeto de Lei 4.330 que tramita
no Congresso e legaliza a terceirização fraudulenta.

Para o
presidente da CUT, a derrota da candidatura do PSDB evitou um “mal
maior”, mas as conquistas trabalhistas seguem em risco. “Vão ser
quatro anos de muita luta política e social”, afirma.

Bancários
Para os bancários, realmente foi evitado um “mal maior”
com a derrota do PSDB. Nos oito anos de governo tucano, de 1995 a
2002, as ondas de demissões que assolaram a categoria reduziram o
número de bancários em 30,3%. Já nos governos do PT, de 2003 a
2013, a geração de emprego entre os bancários fez a categoria
crescer 28%.

Na questão salarial, os bancários só amargaram
derrotas no governo FHC. Somando todas as campanhas salariais
ocorridas na era tucana, o reajuste ficou bem abaixo da inflação:
8,6% de perdas nos bancos privados. A situação para os
trabalhadores dos bancos públicos foi ainda pior: a perda real no
período foi de 36,3% no Banco do Brasil e de 40% na Caixa. Para
piorar a situação, o governo do PSDB retirou uma série de direitos
dos funcionários dos bancos públicos, conquistados com muita
luta.

Já nos governos do PT, entre 2004 e 2014, os empregados
dos bancos privados acumularam ganhos reais, acima da inflação, de
20,7%. Nos públicos, esses aumentos reais somaram 21,3% e a grande
maioria dos direitos retirados foram restabelecidos.

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