Presidente do PSB fala em traição do partido e anuncia apoio a Dilma

O presidente Nacional do PSB, Roberto Amaral, declarou neste fim de semana seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Amaral disse que seu partido traiu a luta de Eduardo Campos e ignorou lições de seus fundandores ao apoiar formalmente a candidatura de Aécio Neves, do PSDB.

“O apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática”, disse o presidente no artigo publicado em seu blog.

“Ao aliar-se acriticamente à candidatura Aécio Neves, o bloco que hoje controla o partido, porém, renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática”, afirmou.

O Diretório Nacional do PSB deve se reunir na segunda-feira para eleição de nova Executiva, o que inclui a presidência do partido.

Marina apoia Aécio – Por outro lado, a candidata derrotada à Presidência pelo PSB, Marina Silva, anunciou neste domingo (12) que apoiará o candidato tucano Aécio Neves no segundo turno. O apoio de Marina veio um dia após Aécio divulgar um documento em que concordou com exigências feitas por ela em troca de seu apoio, entre elas a demarcação de terras indígenas, a reforma agrária e o fim da reeleição para cargos do Executivo.

“Votarei em Aécio e o apoiarei, votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos”, disse a ex-senadora, que começou a vida política no PT da presidente e opositora de Aécio Dilma Rousseff.

Porém, um dos principais pontos que ficou de fora do documento lido por Aécio foi a redução da maioridade penal, que Marina é contra.

“Quero, de início, deixar claro que entendo esse documento como uma carta compromisso com os brasileiros, com a nação. Rejeito qualquer interpretação de que seja dirigida a mim, em busca de apoio”, disse a ex-senadora.

Em 2010, a ex-senadora também tinha terminado a disputa em terceiro mas, na ocasião, não apoiou nenhum candidato no segundo turno.

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