Vem aí mais uma greve
dos bancários: a décima, desde 2004. Nos últimos anos, a Campanha
Nacional dos Bancários tem sido resolvida desta maneira. O primeiro
destes anos é, também, o da mais longa greve do período: em 2004,
os bancários pararam por 30 dias. No ano passado, foram 23 dias de
paralisação, na segunda mais longa greve da década. Em média, são
doze dias de paralisação em cada Campanha.
A estratégia tem
garantido várias conquistas. Desde 2004, o aumento real acumulado
chega a 18,33%, variando de 0,63% em 2006 a 3,1% em 2010. A
valorização do piso ultrapassa a marca de 35% acima da inflação.
Há outras vitórias: melhorias na PLR (Participação nos
Lucros e Resultados), fim da divulgação de ranking individual de
metas, projeto-piloto de segurança em Pernambuco, censo da
diversidade, instrumento de combate ao assédio moral, proibição de
envio de mensagens por SMS, abono assiduidade, adesão ao programa
Vale Cultura, entre outras conquistas.
Para a presidenta do
Sindicato, Jaqueline Mello, estas vitórias são fruto da estratégia
de unificar as campanhas. “Quem tem alguma dúvida sobre a eficácia
da campanha unificada, basta observar os acordos antes de adotarmos
essa estratégia. Nos bancos privados, os acordos conseguiam, no
máximo, repôr a inflação. E, nos bancos públicos, era ainda
pior. Na era FHC, os bancários ficaram vários anos sem nenhum
reajuste e ainda perderam direitos”, comenta.
Confira no
quadro os reajustes obtidos e os dias parados ano a ano.