A dupla de diretores do
Sindicato, Luís Henrique e João Marcelo Lopes, encontrou um cenário
de insegurança e insalubridade em parte das agências visitadas no
interior do estado na semana passada.
Em Nazaré da Mata, a
unidade do Banco do Brasil, em reformas desde abril, expunha
bancários e clientes. No autoatendimento, os cinco caixas
eletrônicos, dos quais apenas um estava funcionando, dividiam espaço
com material de construção e mobiliário em reforma. Como era dia
de pagamento, o local estava lotado e vários clientes chegaram a
passar mal com o cheiro de produtos químicos, que beirava o
insuportável.
“Eu fiquei algum tempo lá dentro da agência
e não aguentei”, diz João Marcelo. O Sindicato entrou em contato
com a Gepes (Gerência de Pessoas do BB), que alegou ter havido um
erro do setor de engenharia, mas que o problema seria resolvido. “Os
bancários não devem aceitar submeter sua saúde a riscos por conta
do trabalho. Qualquer problema deve ser denunciado ao Sindicato:
3316-4233”, completa João Marcelo.
Ainda em Nazaré da
Mata, outros problemas foram encontrados no Bradesco. A agência
estava lotada, com apenas quatro funcionários para dar conta da
demanda. Além disso, a unidade funcionava sem nenhum item de
segurança.
Em São Vicente Férrer, um Posto de Atendimento
Avançado (PAA) do Bradesco fora destruído na madrugada desta sexta,
29, por bandidos que metralharam as portas de vidro e espalharam o
terror na localidade. “A explosão foi tão grande que alguns
fragmentos atingiram as casas vizinhas”, conta Luís Henrique. O
PAA está fechado, sem previsão para voltar a funcionar.
Além
de Nazaré da Mata, a dupla visitou os municípios de Vicência,
Macaparana, Tracunhaém, Buenos Aires e Machados. Neste último,
aproveitaram para verificar as condições da agência do Banco do
Brasil, que foi alvo de explosão no último dia 20 (leia aqui).
A
unidade ainda está com tapumes. “Ela vem funcionando internamente,
com atendimento sendo feito em regime contingencial. Ou seja, apenas
casos mais urgentes e com entrada de cinco em cinco pessoas”, diz
João Marcelo. O Sindicato vai voltar a ligar para o setor de
engenharia do banco para cobrar um prazo de realização dos reparos
na agência.